Aportando no dia 4 de janeiro nos Estados Unidos e dia 8 de Fevereiro de 2013 no Brasil, mais uma versão do clássico de Tobe Hooper, O Massacre da Serra Elétrica, desta vez seguindo a tendência 3D, se passa décadas depois dos eventos do primeiro filme. Desta vez, uma jovem herda uma propriedade no Texas e leva alguns amigos para conhece-la, mas encontra muitos mistérios no porão embaixo da casa.
Para começar bem mais uma semana de trabalho, nada melhor que imagens fresquinhas do novo remake do clássico Carrie. As imagens foram originalmente divulgadas na página do Facebook do filme. Confira:
"O nome daquela estrela deve ser ??? absinto e eles devem ser amaldiçoados com escorpiões"
Pedaço de papel encontrado na mochila de Carrie White. O que significa?
"Ninguém quer acreditar, nem mesmo agora. Você e todas as outras pessoas que lerão o que escreverem vão desejar que eles tivessem rido disso e me achado uma louca que ficou tempo demais no sol. Mas aconteceu..."
Enquanto aguardamos a estreia do filme (prevista para Março de 2013 nos Estados Unidos e no Brasil), ficamos com o trailer, o cartaz e a sinopse abaixo. Mais informações no site oficial
SINOPSE: Carrie White é uma adolescente solitária e esquisita que é constantemente intimidada pelas colegas de escola e castigada em casa pela mãe fanática religiosa. Mas Carrie tem um segredo: Ela foi abençoada com o estranho poder da telecinese; e quando seus colegas decidem pregar uma peça nela em pleno baile, logo eles descobrirão uma lição mortal: Se brincar com fogo, pode se queimar.
Elenco: Natasha Calis (Em(ily)), Madison Davenport (Hannah), Kyra Sedgwick (Stephanie), Jeffrey Dean Morgan (Clyde), Jay Brazeau (Professor McMannis), Matisyahu (Tzadok), Grant Show (Brett), Rob Labelle (Russell), Nana Gbewonyo (Darius), Anna Hagan (Eleanor), Brenda Crichlow (Senhorita Chandy), Iris Quinn (Médica), Graeme Duffy (Técnico de Laboratório), David Hovan (Adan).
SINOPSE:Uma jovem garota compra uma estranha e antiga caixa em uma venda de quintal, não sabendo que dentro da caixa vive um demônio ancestral e maldoso. Seu pai (Jeffrey Dean Morgan) tenta então se alguma maneira lutar para que sua filha se livre dessa maldição.
“Tema o Demônio que não teme a Deus”
PODE CONTER SPOILERS
Não há nada de novo debaixo do Sol em se tratando de filmes de exorcismo. Menos ainda quando tratamos de filmes bons ou inovadores. Em seu segundo filme em Hollywood, o diretor dinamarquês Ole Bornedal entrega um filme apenas correto, com a produção de Sam Raimi, que está voltando às raízes do horror que o lançaram na trilogia Evil Dead. Em Arraste-me Para o Inferno, Raimi ficou na direção e conseguiu criar um bom filme de entretenimento, com uma história original e toques de humor muito bem encaixados. Infelizmente o mesmo não pode ser dito aqui.
Explorando o tema de exorcismo e contendo várias referências a filmes já produzidos, como o clássico O Exorcista, o filme Possessão conta a história de uma família que vive momentos difíceis. Pouco tempo após o divórcio de seus pais (Sedgwick e Dean Morgan), duas garotas vivem momentos diferentes. Enquanto a mais velha (Davenport) parece lidar bem com a situação, a caçula Em (a talentosa Calis) não aceitou bem a situação, embora continue sendo uma menina doce e meiga. Quando ela compra uma velha caixa em uma venda de quintal, no entanto, seu comportamento muda, ela passa a produzir uma obsessão envolvendo a caixa e estranhos fatos começam a acontecer, como uma súbita invasão de mariposas no quarto de Em. Procurando pelos motivos de tal comportamento, seu pai acaba encontrando respostas na lenda de Dybbuk, uma caixa para aprisionar espirítos malignos. Agora ele tem que correr contra o tempo para tentar salvar sua filha.
Com uma história simples como essa, o diretor tenta estabelecer um clima desconfortável logo no início, utilizando uma boa fotografia, que favorece o clima sombrio, bem como a trilha sonora instrumental, que ao não conter nenhuma música cantada ou famosa (há somente uma música diegética no começo) também contribui para o envolvimento com o filme. Mas a partir do segundo ato o filme degringola, ao acelerar o ritmo e entregar soluções simplistas e clichês demais, com destaque para os sustos sempre baseados no aumento da trilha. Outro ponto crucial para o insucesso do filme reside na atuação do cantor Matisyahu, que interpreta um judeu incumbido da tarefa do exorcismo. Além de fraco em um papel que seria tão importante, ele serve como alívio cômico para um filme que nem de longe precisava disso, soltando pérolas como "Eu odeio hospitais, pessoas morrem aqui", que em vez de soar engraçada soa constrangedora. Parece que Sam Raimi queria criar um novo Arraste-me Para o Inferno, mas o resultado é que embora eficiente em certos pontos, Possessão fica devendo mais na sua proposta.
Curiosidades:
Foi originalmente classificado pela MPAA como R (16 ou 18 anos no Brasil), mas o filme teve alguns cortes para receber a classificação PG-13 (14 anos no Brasil);
Enquanto estava promovendo o filme, Jeffrey Dean Morgan reportou que estranhos eventos aconteceram durante as filmagens, como luzes explodindo e um incêndio ocorrendo no estoque de itens de cena.
Contos do Dia das Bruxas ( Trick’r Treat, EUA, 2007)
Direção: Michael Dougherty
Elenco: Anna Paquin (Laurie), Dylan Baker (Diretor Wilkins), Brian Cox (Sr. Kreeg), Lauren Lee Smith (Danielle), Quinn Lord (Sam/Tommy), Moneca Dellain (Janet), Tahmoh Penilkett (Henry), Brett Kelly (Charlie), Britt McKillip (Macy), Isabelle Deluce (Sara), Jean-Luc Bilodeau (Schrader), Alberto Ghisi (Chip), Samm Todd (Rhonda), Leslie Bibb (Emma), Connor Levins (Billy), James Wilson (Alex), Zip (O cachorro Spite).
SINOPSE: Esta é uma comemoração horripilante, de humor negro, sobre a mais assustadora noite do ano. O filme apresenta quatro contos intercalados e ambientados na noite de Halloween: o diretor de um colégio (Dylan Baker) desabrocha ao luar como um terrível assassino serial; a jornada de uma jovem virgem (Anna Paquin) por alguém especial tem uma reviravolta extraordinária; um grupo de adolescentes executa uma cruel travessura com consequências desastrosas; e um velho briguento (Brian Cox) combate um demônio muito disposto a travessuras e gostosuras.
“Se você não seguir as regras esta noite, não viverá para ver o amanhã”
O Dia das Bruxas, ou Halloween, é uma festa comemorada no dia 31 de Outubro
em diversos países, principalmente naqueles que possuem origem
europeia, tendo se iniciado com o povo Celta e depois em países como
Irlanda e Escócia, chegando finalmente nos Estados Unidos, sendo comum
nesse país os desfiles, brincadeiras na rua, fantasias, comidas
especiais e maratonas de filmes de horror, não demorando para que logo, o
cinema americano explorasse o filão da data especial.
Entretanto, entre filmes pequenos e grandes, a maioria deles nunca
explorou de fato o íntimo das tradições da data, mas alguns ficaram na
memória dos fãs de horror por momentos especiais, como os bons A Noite dos Demônios (1988), Possuída (2000) e May – Obsessão Assassina (2002), que trataram o Halloween apenas como ‘parte do cenário’, ou em cenas específicas, não sendo o feriado o tema central dos filmes. Temos também filmes pequenos, como O Ajudante de Satã (2005), Jack-O (1995) e The Pumpkin Karver (2006), que, se por um lado, foram inteligentes ao abordar o Dia das Bruxas
como seu tema central, por outro se entregaram a clichês batidos do
gênero, além de possuírem orçamentos baixos e falhas técnicas que
fizeram com que seus filmes nunca chegassem a um número grande de
espectadores. Por último e como caso mais marcante, temos o ótimo
clássico de John Carpenter, Halloween – A Noite do Terror (1978), que abordou o mal no cinema como nunca visto, através da figura do maníaco Michael Myers,
que se tornou influência para nove entre dez slashers que surgiriam nos
anos posteriores. Mas, ainda assim, o filme de Carpenter apenas
utilizou as tradições como pano de fundo, exibindo toda a sua maestria
no desenvolvimento do suspense e dos personagens.
Com isso, chega a ser surpreendente que somente em 2007 um filme com
grandes estrelas na produção e no elenco chegasse ao grande público.
Esse filme é Contos do Dia das Bruxas, dirigido e escrito por Michael Dougherty (responsável pelos roteiros de X-Men 2 (2003), Superman – O Retorno (2006) e Lenda Urbana 3 (2005)), produzido por Bryan Singer (diretor de dois filmes da série X-Men) e estrelado por, entre outros, Anna Paquin (do seriado True Blood (2008-) e do filme Pânico 4 (2011)) e Brian Cox (veterano no cinema, presente em filmes como Rastros de Vingança (2008) e Zodíaco (2007)).
O filme se apresenta como uma antologia de várias histórias, que
possuem como fio condutor uma simpática, porém perigosa criatura. E
podemos dizer que esse foi o primeiro grande acerto de Dougherty ao
conceber o filme, já que o formato de narração (que, inclusive, adota
uma montagem paralela com histórias em quadrinhos incorporadas às
imagens que vemos entre uma história e outra) funciona maravilhosamente
bem para o tema, já que o filme não aborrece ou cai no tédio em nenhum
momento e ainda aproveita para criar histórias com variados temas entre
si, que entretém ainda mais o espectador, que encontra temas comuns ao Dia das Bruxas, como maldições, lendas urbanas (entre elas, a das lâminas escondidas dentro de doces), vampirismo e lobisomens.
Produzido pela Legendary Pictures, Bad Hat Harry Productions e Warner Bros., o filme tem seus eventos iniciados na noite de Halloween, onde o casal Emma e Henry
(Leslie Bibb e Tahmoh Penikett) voltam para casa após uma das festas
que estão acontecendo na cidade, com ela visivelmente contrariada com a
bagunça deixada pelas decorações do feriado. O que ela talvez não saiba é
que, para o seu azar, há alguém disposto a não deixar que ninguém acabe
com as tradições da data. A partir desse pequeno prólogo, somos
apresentados aos personagens das quatro histórias que compõe o filme, e é
bom avisar aos cinéfilos mais conservadores que o filme não adota uma
cronologia rígida, nem um formato de narrativa clássica, fazendo idas e
voltas no tempo para conduzir seu roteiro. Entre as quatro histórias,
temos o assassino em série que pode ser o vizinho pacato da porta ao
lado, um grupo de crianças que arma um trote que pode acabar mal, uma
jovem virgem que pode ter sua “iniciação” em um ritual não menos que bizarro, e finalmente a história que encerra o filme, que nos mostra um Brian Cox
perfeitamente encarnado em um velho rabujento e solitário, mas que
esconde um segredo muito macabro em seu passado, e que agora tem que
acertar as contas com aqueles que prejudicou.
Demonstrando a boa utilização do humor negro em diversos pontos do
longa, Dougherty confere uma certa leveza e um caráter cartunesco ao seu
material, o que pode aparentar uma atenuação às diversas cenas de
violência apresentadas no filme (que apresentam um bom trabalho de
maquiagem de efeitos) porém, mais do que isso, essa mescla entre
ingenuidade e brutalidade serve também para marcar a conotação leve,
divertida e descompromissada, ainda que macabra, que o Halloween ganhou ao aportar nos Estados Unidos, e esse é o grande trunfo da obra. Servir como uma ode ao Dia das Bruxas, uma homenagem que com certeza entra para o rol de grandes filmes de horror lançados na última década.
NOTA: Republicada em 02 de Novembro de 2013, a crítica também foi publicada no site Boca do Inferno
Curiosidades:
O filme foi baseado e teve origem na ideia de Dougherty para seu curta animado Season's Greetings. Você pode acompanhá-lo aqui
O nome do personagem Sam deriva de Samhain, o nome do festival Celta que deu origem ao Dia das Bruxas;
A maioria das abóboras foram feitas de espuma ou cerâmica. Uma piada interna é de que "nenhuma abóbora foi ferida durante a produçao do filme".