Elenco: Elizabeth Banks (Starla Grant), Michael
Rooker (Grant Grant), Nathan Fillion (Bill Pardy), Tania Saulnier (Kylie), Don
Thompson (Wally), Gregg Henry (Jack MacReady), Haig Sutherland (Trevor),
Kathryn Kirkpatrick (Mulher no karaokê), Brenda James (Brenda), Lloyd Kaufman
(Bêbado triste), Lorena Gale
(Janene), Rob Zombie (Dr. Karl (Voz)).
SINOPSE: Grant Grant (Michael Rooker) é uma das
poucas pessoas de sucesso na pequena cidade de Wheelsy. Casado com uma bela
mulher (Elizabeth Banks), e apesar do amor não ser tão correspondido quanto
gostaria, é um homem feliz. Tudo pode mudar quando em uma saída noturna,
encontra Brenda Gutierrez (Brenda James), que o leva a uma caminhada noturna
onde encontram uma estranha massa gosmenta que ganha vida e penetra no corpo de
Grant, transformando-o em um ser híbrido faminto por carne e a cidade em estado
de horror, quando logo seus habitantes são transformados em uma espécie de
zumbi.
“Alimente o medo.”
Seres
Rastejantes não é o melhor
filme em sua categoria, mas também não é o pior. Com um caráter extremamente
despretensioso desde o início de suas filmagens, teve uma estreia não limitada
e mesmo assim faturou pouco mais de 10 milhões de dólares, não conseguindo nem
“se pagar”, o que significa um tremendo fracasso. Uma injustiça, se formos
comparar com o monte de besteiras que saem todas as semanas nos cinemas. Seres
Rastejantes também é uma besteira, só que divertida pelo menos.
Homenageando
os filmes B da década de 80 como, por exemplo, A Mosca, O Ataque dos
Vermes Malditos e O Vingador Tóxico (série na qual, aliás, o diretor
James Gunn (roteirista de Madrugada dos Mortos) fez uma ponta em um dos
episódios), o filme começa apresentando-nos os personagens principais: O coroa
Grant Grant (Rooker) é um homem bem-sucedido casado com a jovem e bela Starla
(Banks), mas não consegue fazer com que ela tenha o mesmo sentimento por ele.
Querendo dar uma espairecida, Grant sai à noite e encontra Brenda, uma velha
colega de escola, eles saem para uma caminhada sob o luar, mas encontram algo
na floresta, seguindo o rastro eles encontram uma espécie de ovo que eclode na
presença deles e solta um pequeno ferrão, que penetra o peito de Grant e causa
profundas transformações em seu comportamento.
Seres
Rastejantes tem um bom
clima, que mistura vários momentos de humor com cenas bastante nojentas e
outras tantas aterrorizantes, como a cena da banheira, transformando-o em um
divertido filme que deve agradar aos fãs do gênero, em especial àqueles que
apreciam um bom filme B.
Curiosidades:
A cena na
qual Lloyd Kaufman (diretor trash de entre outros, Vingador Tóxico)
aparece foi cortada e não aparece em nenhuma das versões do filme;
O músico e
diretor Rob Zombie (A Casa dos 1000 Corpos, Halloween) faz uma
ponta como a voz ao telefone do médico Dr. Karl;
O nome das
lojas e sobrenome de alguns personagens são homenagens a nomes de
personagens e diretores da década de 80, como Jack MacReady (de A Coisa)
e a marca da carne que Grant compra, Brundle’s Meat, sobrenome de
Seth Brundle, de A Mosca.
Elenco: Angela Bettis (May), Jeremy Sisto (Adam), Anna Faris (Polly), James Duval (Blank), Merle Kennedy (Mãe de May), Roxanne Day (Buckle), Kevin Gage (Pai de May), Nichole Hiltz (Ambrosia), Chandler Riley Hecht (May jovem), Samantha Adams (Lucille), Mike McKee (Oftalmologista), Rachel David (Petey), Tricia Kelly (Amy)
SINOPSE: May nunca fez parte de nenhuma turma, sempre viveu só. Devido a um problema oftalmológico, sempre usou um tapa olho para esconder o seu trauma, o que não facilitou sua vida pessoal. Mesmo em sua adolescência sua melhor amiga e conselheira continuou sendo uma boneca que sua mãe lhe dera de presente. Até que conhece Adam...
Impressionada pelos seus traços, especialmente suas mãos, pela primeira vez começa um relacionamento. Mas logo descobre que as pessoas não são perfeitas... Somente parte delas é.
“Se não consegue ter amigos... Faça um.”
O talentoso diretor Lucky McKee (dos igualmente premiados A Mulher e Rastros de Vingança) é aquele tipo de diretor do qual ninguém sabe o nome e cujos filmes provavelmente foram vistos por poucas pessoas. Isso ocorre porque Mckee, mesmo após anos atrás das câmeras, nunca saiu do terreno do cinema independente, nunca dirigiu nenhum filme com um alto orçamento. Prova de que dinheiro e patrocínio não são nem de longe sinônimos de um bom filme. Em seu primeiro trabalho como profissional, McKee surge com um belo conto sobre solidão, diferenças, padrões sociais e perfeição.
May Canady (Angela Bettis) é uma jovem que, desde criança, sofre de um problema oftalmológico que sempre a deixou excluída de qualquer grupo, não tendo amigos ou namorado. Agora uma jovem adulta, sua única amiga é uma boneca artesanal dada de presente de aniversário por sua mãe. Trabalhando em uma clínica veterinária, May acaba ficando obcecada por Adam (Jeremy Sisto), um estudante de cinema, em especial por uma parte de seu corpo, suas mãos.
“Tantas partes bonitas, mas ninguém bonito por completo.”
Sua beleza exótica e seu jeito tímido e estranho acabam por encantar o boa-pinta Adam, até que May acaba fazendo algo que ultrapassa os limites do “esquisito” aceitáveis por Adam. Decepcionada, May busca em sua colega de trabalho lésbica (Anna Faris, da série Todo Mundo em Pânico) consolo, carinho e o sentimento de não estar mais sozinha. As duas sequências, brilhantemente filmadas, fazem um interessante paralelo entre o estranho e o normal, entre o aceitável e o bizarro, mas em nenhum momento são de mau gosto, pelo contrário, são extremamente sutis e necessárias para a trama, desde o sangue em profusão no curta de Adam até a suave cena entre May e Polly.
Pelo cuidado com que McKee se atenta em cada detalhe, das atuações ao roteiro, considero May uma pequena obra-prima, consegue ir dos típicos sorrisos de uma comédia romântica ao humor negro, do drama ao horror sem em nenhum momento deixar fios soltos. Outro elemento essencial do filme são as atuações, em especial a de Angela Bettis (que já interpretou outros tipos esquisitos, como a personagem-título do remake de Carrie, a Estranha), que imprime em sua May as emoções necessárias para o desenvolvimento do personagem. A trilha sonora no estilo Indie Rock se encaixa perfeitamente em cada momento do filme, com as belas canções “Do you Love me now?”, “Oh!” e “When He calls me Kitten”, de Kelley Deal e The Breeders, além das composições originais belíssimas de Jammes Luckett.
Uma cena polêmica em particular (a das crianças cegas) poderia adquirir uma conotação gratuita e apelativa, não fosse a beleza com a qual foi filmada e a sua importância, pois constitui papel fundamental no que, para mim, é o momento do filme que rompe definitivamente o tecido da razão de May.
Se quiser assistir a um filme de horror diferente dos convencionais, que foge dos clichês e dos sustos fáceis, assista a May e surpreenda-se.
Curiosidades:
O diretor McKee faz uma ponta no filme como o homem que aparece aos beijos com sua namorada no elevador;
Originalmente a sequência que mostra a infância de May seria mais longa, mas o diretor a abreviou de modo a passar mais rápido aos acontecimentos atuais;
O filme custou somente 500 mil dólares e ganhou inúmeros prêmios em festivais do gênero, em especial premiando a atuação de Angela Bettis;
Os créditos finais estão todos escritos em letra minúscula, incluindo nomes do elenco, produção, músicas e companhias;
O novo “amigo” de May, Amy, cujo nome é um anagrama da personagem título, também pode ser traduzido em amigo em francês (ami);
O curta “Jack e Jill” foi feito especialmente para o filme e foi dirigido por Chris Sivertson (Eu sei quem me Matou), amigo de McKee, você pode acompanhar abaixo o trecho do filme que mostra o curta:
Elenco: Nicole deBoer
(Leaven), Nicky Guadagni (Dra. Holloway), David Hewlett (Worth), Andrew Miller
(Kazan), Julian Richings (Alderson), Wayne Robson (Rennes), Maurice Dean Wint
(Quentin).
SINOPSE:
Seis pessoas desconhecidas
entre si acordam em uma sala cúbica sem saber como foram parar lá. Cada uma
delas possui uma virtude que pode ajudá-los na fuga, e também um defeito que
pode levá-los à morte, caso sigam pela porta errada. Trabalhar juntos se torna
um desafio tão grande quanto sair do labirinto de salas.
A RESENHA PODE CONTER SPOILERS
“Medo. Paranoia. Suspeita. Desespero”
O
filme começa com um homem de sobrenome Alderson (Julian Richings), que acorda
em uma sala cúbica com uma porta em cada lado do cubo. Ele decide entrar por
uma porta exatamente igual à que saiu, exceto pela cor diferente. Ao entrar em
mais uma sala, ele é rasgado em pedaços por uma armadilha em forma de grade
quadriculada. Uma cena bem bacana, diga-se de passagem. Isso ocorre antes mesmo
do título do filme ser exibido. Embora a maioria dos filmes de horror
contemporâneos comece com uma morte genérica no início, como a de Cubo,
fica claro que o tom desse filme será diferente.
Cubo não perde tempo em explicações e nos mostra
seis desconhecidos que acabam se encontrando em uma destas salas sem saber como
foram parar lá nem onde estão. Eles descobrem que há salas seguras e salas com
armadilhas mortais, no que parece ser um labirinto sem fim. Eles também
descobrem que precisam uns dos outros para conseguir de algum modo saírem desse
pesadelo.
"- O que tem lá fora?
- A vasta estupidez humana."
Cubo
é um filme canadense de
impressionante criatividade e genialidade, nos deixando com muitas dúvidas após
seu desfecho, mas isso não é um defeito e sim um trunfo. Perguntas como Quem
construiu o cubo? Com que objetivo? Por que aquelas pessoas em específico foram
escolhidas? se tornam descartáveis à medida que o filme avança, não perdendo o
fôlego em nenhum minuto e amarrando todas as pontas em um enredo não menos que
perfeito. Se o filme peca em algum momento, o faz nas atuações que ficam abaixo
da média, mas que se transformam em uma qualidade por não conseguirmos apostar
em quem vive e quem morre. O outro ponto a ser considerado é a volta do
personagem Quentin, que embora necessário para o plot, foi um pouco
demais. Nada que comprometa um filme inovador e claustrofóbico, que pode ter
influenciado a franquia Jogos Mortais e que é um exemplo perfeito de
terror psicológico.
Curiosidades:
Cubo gerou
dois filmes seguintes, a sequência Cubo 2: Hipercubo e o prequelCubo Zero;
Os
sobrenomes dos personagens são todos de famosas prisões pelo mundo: Quentin em San Quentin, California; Holloway na Inglaterra; Kazan na Rússia; Rennes na França; Alderson em Alderson, West Virginia; Leaven e Worth em Leavenworth, Kansas;
O filme foi gravado em apenas um cenário de 14 X 14 pés;
Olá a todos que acompanham o blog (alguém acompanha?) haha.
Enfim, hoje não postarei nenhuma resenha, ou quase isso, aproveitando a chegada da nobre sexta-feira 13 dessa semana, resolvi copiar um artigo do Boca do Inferno com indicações de filmes para aqueles que apreciam uma bela obra do mais genuíno horror e que não sairão de casa neste dia. Só que só o tema será copiado, pois darei minhas próprias sugestões, tentei abordar todos os "subgêneros" do horror. Aproveite sua sexta-feira 13!
1 - "A Noite dos Mortos-vivos"
Clássico absoluto do gênero, custou pouco mais de 100 mil dólares (uma bagatela) e inspirou inúmeros outros filmes. É considerado o primeiro longa abordando os zumbis da forma que conhecemos hoje (antes, zumbis eram exclusivos das lendas indígenas e não mortos renascidos). Dois irmãos viajam até um cemitério deserto para visitar o túmulo de seu pai. O que eles não esperavam é que os mortos saíssem da terra famintos por carne humana.
2 - "A Hora do Espanto"
Para o jovem Charley Webster (William Ragsdale) nada poderia ser melhor que um velho filme de terror bem tarde da noite. Assim, quando novos moradores ocupam a casa vizinha a experiência de Charley não deixa nenhuma dúvida de que o comportamento estranho dos novos vizinhos é explicado pelo fato de eles serem vampiros. O filme mescla bem os toques de horror e humor, dando sustos bem eficientes e construindo uma bela história de vampiros.
Quando um grupo de jovens decide reabrir o acampamento "Crystal Lake", eles não imaginam que há um assassino à solta decidido a eliminá-los. Embora não seja o melhor na categoria slasher (perde fácil para Pânico e A Hora do Pesadelo, por exemplo), ganha uma indicação pela até então, originalidade e pelo título haha.
4 - "Poltergeist - O Fenômeno"
Dirigido por Tobe Hooper (O Massacre da Serra Elétrica) e escrito por Steven Spielberg (Encurralado, Tubarão), o filme trata de uma família cuja casa passa a ser assombrada por fantasmas. Um belo filme sobre assombrações.
Baseado no longa japonês Ringu (1998), o filme assombrou os americanos no ano de 2003. A trama se concentra em uma fita de vídeo amaldiçoada, que mata aquele que assistir em sete dias. Rachel Keller (Naomi Watts) tem que descobrir as origens do mistério antes que ela e seu filho sofram as consequências. Excelente trama que certamente causará alguns bons sustos.
Embora o meu filme favorito com alienígenas seja o clássico Alien - O Oitavo Passageiro, quando se trata de diversão descompromissada este filme cumpre bem a sua função. Um meteoro cai na Terra e libera um organismo alienígena que trata logo de infectar um humano que espalhará a espécie, transformando os humanos numa espécie de zumbi.
7 - "Arraste-me para o inferno"
Sam Raimi finalizou a série de ação Homem-Aranha e retomou o gênero que o consagrou na trilogia Evil Dead. Uma jovem bancária nega ajuda a uma velha com a casa hipotecada para impressionar o chefe. Como consequência, ela recebe uma terrível maldição que pode levá-la aos quintos dos infernos. Leves toques de humor e cenas antológicas.
8 - "Tubarão"
O Clássico dos mares de Spielberg gerou influências e é imitado até hoje. Clima de suspense e trilha sonora enervante de John Williams marcam o thriller sobre um grande tubarão branco que ameaça uma pequena comunidade.
9 - "Extrema Unção"
Um rapaz se muda para uma casa barata, que custa este preço pelo motivo de que a antiga moradora, uma velha religiosa, foi morta no local sem ter tomado a extrema unção e especula-se que seu espírito vaga pela casa. Recomendo a todos que assistam a este curta brasileiro escrito e dirigido pelo gaúcho Felipe M. Guerra, diretor bastante conhecido no circuito underground. Disponível no Youtube.
10 - "O Albergue"
Uma categoria em recente ascensão, o torture-porn, subgênero do horror que se concentra menos no horror psicológico e mais em mortes violentas explícitas, tortura e mutilação, vem ganhando vários exemplares, como a franquia Jogos Mortais. É o caso de O Albergue, sucesso dirigido pelo talentoso e doentio (no bom sentido) Eli Roth, que mais do que isso nos envolve no tenso roteiro.
11 - "A Bruxa de Blair"
Um filme estudantil orçado em 90 mil dólares que apavorou uma multidão graças à sua campanha de publicidade. Três jovens estudantes saem à procura da lenda da Bruxa de Blair na mata de Burkittsville, Maryland para fazer um documentário. Eles desaparecem e as filmagens são encontradas. Um filme de horror tenso que não abusa dos clichês ou sangue jorrando.
12 - "Um Lobisomem Americano em Londres"
Inovador nos efeitos especiais de maquiagem (que renderam a Rick Baker o primeiro Oscar da categoria) e também na abordagem urbana de um lobisomem, o filme conta a história de dois jovens que são atacados por uma fera em noite de lua cheia. Um deles morre enquanto o outro espera destino diferente...
Para fechar a lista nada melhor do que um filme de horror oscarizado e cultuado por dez entre dez fãs de horror. O drama de horror conta a história da garota Regan que de meiga e carinhosa passa a se comportar de maneira estranha, incluindo o uso de palavrões e comportamento agressivo. Após passar por uma junta médica, sua mãe opta pelo exorcismo. Assustador e envolvente, não pode faltar na sexta-feira 13.
Espero que gostem da lista, e assistam algum deles na próxima sexta.
O
Mistério das duas irmãs (The
Uninvited, EUA, 2009)
Direção: Irmãos Guard Baseado no roteiro de Jee-Woon Kim
Elenco: Emily Browning (Anna), Arielle Kebbel
(Alex), Elizabeth Banks (Rachel), David Straithairn (Steven), Maya Massar
(Mãe), Kevin McNulty (Xerife), Jesse Moss (Matt), Dean Paul Gibson (Dr.
Silberling).
SINOPSE:
Anna Rydell (Emily
Browning) retorna ao seu lar e a sua irmã (e melhor amiga) Alex (Arielle
Kebbel) depois de um período internada em um hospital psiquiátrico, embora sua
recuperação seja ofuscada por sua cruel madrasta (Elizabeth Banks), pai alheio
e a presença de um fantasma em sua casa.
“Esteja convidado”
Após a morte de sua mãe doente em um incêndio, a jovem Anna
(Emily) tenta o suicídio e é enviada a uma instituição psiquiátrica para
tratamento. Meses depois, Anna ainda tem dificuldades para se lembrar o que
ocorreu naquela noite. Seu psiquiatra, Dr. Silberling, entretanto, a acalma
dizendo que está curada. Seu pai, Steven, um escritor de sucesso, traz Anna de
volta para casa, uma mansão isolada próxima à costa. Anna descobre que a
enfermeira de sua mãe, Rachel Summers, é sua madrasta agora. Ela também
reencontra sua amada irmã, Alex, nadando no mar. Conforme o tempo passa, Anna é
assombrada por fantasmas e acredita que Rachel matou sua mãe. As irmãs decidem
então, procurar por evidências que provem que Rachel é a assassina.
Primeiro
de tudo: O Mistério das Duas Irmãs não é um filme de horror, e se fosse,
não seria dos melhores. Remake do suspense coreano Medo "Janghwa, Hongryeon", de 2003, o filme oferece muito pouco além do
que já vimos em matéria de filmes de fantasmas na história do cinema. Mas o
pior não é essa parte.
“Você pode acreditar no que vê?”
Não,
não pode. O Mistério das duas irmãs se confunde, a princípio, com exemplares
que vão de O Grito até A Espinha Do Diabo, horrores eficientes
sobre fantasmas e maldições. No entanto, O Mistério das Duas Irmãs não se
sustenta em sua própria história, apelando para os clichês mais manjados do gênero,
como os adultos que não acreditam em nada e os sustos constantes, que são até
eficientes.
Até
aí o filme não se compromete tanto, tendo como principais trunfos a fotografia
e as atuações de Emily Browning, que está totalmente à vontade como a heroína de
um filme de horror e Elizabeth Banks (Seres Rastejantes), que também
convence como a vilã da história.
Aí
vem o grande problema: Nem tudo é o que parece e nem Anna é a heroína nem
Rachel a vilã da história. Como aconteceu em O Amigo Oculto, uma
desagradável troca de papeis em uma reviravolta final faz com o que o filme
caia quase no ridículo, embora aqui o resultado seja melhor do que o filme de
2005.
Filmes
como O Sexto Sentido, Os outros e A Janela Secreta também possuem
reviravoltas surpreendentes, mas a diferença principal é que os filmes citados
souberam amarrar bem os fios condutores que levavam ao final, sem deixar pontas
soltas ou ficar indeciso sobre qual gênero escolher, como nesse filme, que vai
do extremamente assustador ao drameco familiar em segundos. Como bem observado
pelo Dread Central, um espectador casual de horror deve gostar mais de O
Mistério das Duas Irmãs do que um fanático pelo gênero como eu.
Curiosidades:
Emily
Browning tinha originalmente feito o teste de elenco para o papel de Alex,
irmã de Anna;
No script
Anna tem cerca de quinze anos de idade; Emily Browning tinha vinte anos na
época das filmagens.