Diretor: Mark Pavia
Elenco: Miguel Ferrer (Richard Dees), Julie Entwisle (Katherine Blair), Dan Monahan (Merton Morrison), Michael H. Moss (Dwight Renfield/O Piloto da Noite), John Bennes (Ezra Hannon), Richard K. Olsen (Claire Bowie), J. R. Rodriguez (Policial no aeroporto), General Fermon Judd Jr. (Policial)
SINOPSE: Richard Dees (Miguel Ferrer), um jornalista de um tablóide
sensacionalista sai em busca de um aviador misterioso, uma espécie de
vampiro que pilota à noite e vai fazendo vítimas pelos aeroportos onde
passa. Dees decide refazer o caminho macabro percorrido pelo piloto e
acaba se envolvendo demais, colocando sua vida em risco.
"Nunca publique aquilo que acredita...nunca acredite naquilo que publica..."

Assistir a Voo Noturno é sentir-se em casa em se tratando de adaptações de Stephen King. Inspirado em seu conto “O Piloto da Noite” (presente na antologia “Pesadelos e Paisagens Noturnas – Volume 1”), o longa foi produzido pelo veterano Richard P. Rubinstein, conhecido justamente por produzir diversas obras de terror, como Madrugada dos Mortos e várias adaptações de King, como A Maldição, Fenda no Tempo e Cemitério Maldito. Além disso, o próprio Stephen King “indicou” o nome do diretor e roteirista Mark Pavia para dirigir a adaptação, pois havia adorado seu curta sobre zumbis de 35 minutos, “Drag” (16mm, 1993, que está disponível no Vimeo). Mark Pavia não dirigiria mais nada após este longa, mas o fato é que a combinação inspirada de profissionais deu muito certo, ainda que Voo Noturno permaneça como uma obra bem menos famosa de King.
Beneficiado por uma trilha sonora enervante composta por Brian Keane
(ganhador do Emmy), o longa remete a uma atmosfera dos anos 80, embora
produzido na década posterior, e, apesar de esquemático, o roteiro
escrito por Pavia e seu amigo Jack O’Donnell consegue
surpreender sem deixar de ser fiel ao conto, reproduzindo até mesmo as
situações e diálogos existentes na história, e enchendo linguiça com
qualidade, explorando alguns momentos que já existiam no material
original e ainda brindando os fãs de gore com um festival de mortes e mutilações orquestrado pela equipe KNB de Kurtzman, Nicotero e Berger,
com direito a um design de vampiro original e assustador. Ainda contam
pontos para o filme o desfecho, que mostra um destino diferente para
Dees em relação ao conto, mas que não perde nada da essência da obra
literária e ainda dá margens para ironia e para interpretações sobre a
sanidade do repórter. Um pequeno cult que vale muito a conferida pelos fãs de horror.
NOTA: Crítica também publicada no Boca do Inferno
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