Diretor: Robert Iscove
Elenco: Marguerite Moreau (Charlie McGee), Danny Nucci (Vincent Sforza), Malcolm McDowell (Rainbird), Dennis Hopper (Richardson), Skye Bartusiak (Jovem Charlie), Darnell Williams (Gil), Ron Perkins (Agente especial Pruitt), Deborah Van Valkenburgh (Mary Conant), Dan Byrd (Paul)
SINOPSE: Charlie está de volta cheia de sentimentos de vingança! A história de
terror "A Incendiária", de Stephen King, tornou-se, em 1984 num filme
com grande êxito de bilheteria. O assustador enredo envolvia um jovem
casal, cuja participação numa experiência científica secreta do governo
com drogas redundou no nascimento de um a criança perigosamente dotada. A
criança de antes é agora uma mulher. Charlene (Charlie) McGee
(Marguerite Moreau) passou os últimos 10 anos fugindo dos inescrupulosos
agentes federais que a criaram. Agora, cansou-se de fugir e decidiu
lutar para reaver a sua vida. O confronto final é inevitável e a
única possibilidade de Charlie sobreviver reside num agente federal
vira-casacas e professor meio louco chamado Richardson (Dennis Hopper).
“A pequena Charlie cresceu... e está
incendiando a cidade!”
A Incendiária
é um romance menor do escritor Stephen King, lançado no ano de
1980, mas apesar disso, como aconteceu com quase toda sua obra, não
demorou para que algum produtor interessado num potencial lucro
decidisse adaptar essa história para as telonas. Não agradando
público nem crítica, a adaptação Chamas da Vingança (1984),
permanece, assim como o romance, como uma das menos notáveis obras
do mestre do horror, sendo lembrada principalmente por ser um dos
primeiros trabalhos de Drew Barrymore. Provavelmente para não perder
o filão rentável associado ao nome de King, o canal Syfy produziu
junto com a Universal em 2002, uma sequência do filme de 84, lançada
aqui no Brasil como Vingança em Chamas.
Dirigido por Robert Iscove (especialista em comédias românticas
'pop' como Ela é Demais
e De Justin Para Kelly),
o filme lançado originalmente como uma minissérie em dois capítulos
deixa a desejar quando comparado a outras adaptações e ao próprio
livro que rendeu o material original, mas pode funcionar bem como
entretenimento descompromissado se você não exigir muito.
A
trama se passa duas décadas após os eventos do primeiro filme.
Agora crescida, Charlene 'Charlie' McGee (Marguerite Moreau), dotada
de poderes especiais que permitem a ela atear incêndios apenas com a
mente, vive sozinha e com outra identidade, ainda temendo que a
“Oficina” a encontre. Vincent Sforza (Danny Nucci) é um agente
em uma grande corporação envolta em pesquisas científicas,
responsável por localizar várias pessoas que participaram de um
experimento nos anos 1970, conhecido como LOTE-6. Ele acredita que
localizando essas pessoas, estas receberão algum tipo de indenização
pelos danos sofridos pelos experimentos, sem saber a real e
sinistra intenção de seus chefes. Quando Vincent é designado para
encontrar Charlie, uma série de eventos leva a consequências
mortais, quando mais uma vez o assassino Rainbird (Malcolm McDowell)
encontra Charlie.
Prejudicado
pela falta de virtuosismo técnico que assola os telefilmes, Vingança
em
Chamas até que é competente
no desenvolvimento de seus personagens principais, Vincent e Charlie,
e ambos Danny Nucci e Marguerite Moreau fazem o que podem para dar
vida a seus papeis. Já o personagem de McDowell é a caricatura em
pessoa com seu arquétipo do cientista sádico com único propósito
de vida. Além disso, o filme é cansativo se assistido em DVD (quase
três horas de duração) e provavelmente funcionaria melhor se
dividido em capítulos. Completam ainda o filme um roteiro
esquemático e formulaico, que aposta frequentemente em diálogos
expositivos na segunda metade da trama, recurso claramente utilizado
para encher linguiça com a falta de história. Apostando também em
um desfecho baseado em explosões e clichês melodramáticos,
Vingança em Chamas agrada
somente se o espectador desconsiderar o peso de ser uma adaptação
(ainda que indireta) de Stephen King. Afinal também há pontos
positivos; o longa conta ainda com a presença sempre bacana de Dennis
Hopper, como Richardson, que eleva a qualidade do filme, pelo menos
por algum tempo. Moreau não decepciona como Charlie e entrega uma
“mocinha” determinada, e que é claramente a alma do filme. A
adaptação acaba dessa maneira vivendo de altos e baixos, não
conseguindo se sustentar de maneira eficiente durante toda sua
duração.
Trailer:
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