Diretor: David Gelb
Elenco: Olivia Wilde (Zoe), Mark Duplass (Dr. Frank), Sarah Bolger (Eva), Evan Peters (Clay), Donald Glover (Niko), Ray Wise (Mr. Wallace), Scott Sheldon (Guarda do prédio), Emily Kelavos (Garotinha), Amy Aquino (Presidente Dalley), Sean T. Krishnan (Advogado).
SINOPSE: Um grupo de estudantes de medicina está fazendo uma pesquisa sobre o
cérebro humano, quando acidentalmente matam uma colega. Desesperados
para reanimá-la, eles conseguem trazer a garota de volta à vida, mas
despertam também uma força maligna. Enquanto tentam se proteger do
perigo, eles também devem impedir que a amiga saia do hospital e mate as
pessoas ao redor. © Paris Filmes
"O Mal Prevalecerá"
Em Renascida do
Inferno, um grupo de
cientistas liderado por Frank (Mark Duplass) e Zoe (Olivia Wilde, de
Cowboys e Aliens e O
Preço do Amanhã) desenvolve em suas pesquisas um tipo de soro
que é capaz teoricamente de reativar áreas neuronais mortas, o que
poderia fornecer uma cura para diversas doenças, mas na prática é
utilizado com segundas intenções, já que o médico líder da
equipe, Dr. Frank pretende utilizar a descoberta para desfazer o
processo da morte, utilizando cobaias animais no processo. Após
conseguirem trazer um cão de volta à vida, o grupo percebe um
comportamento estranho do animal, causado pela não dissipação do
soro em seu organismo, o que causa potencialmente um aumento anormal
da capacidade cerebral. Não é preciso bola de cristal (inclusive o
próprio trailer revela) para adivinhar que após a morte acidental
de Zoe no laboratório, o desesperado Frank imediatamente testa o
soro na moça, o que a traz de volta ao mundo dos vivos, “levemente”
alterada, com capacidade, por exemplo, de mover objetos com a mente e
ouvir os pensamentos de seus colegas, aspectos aliados a um ligeiro
instinto assassino. É isso mesmo que o leitor deve estar
pensando: uma mistura indigesta que mistura elementos de Cemitério
Maldito, Lucy,
Linha Mortal e Carrie,
A Estranha.
Dirigido
pelo estreante em longas-metragens David Gelb, o filme aposta o cerne
da sua narrativa num imbróglio envolvendo uma experiência
traumática na infância da personagem Zoe e nos eventos de
quase-morte, apostando em sustos burocráticos que são previsíveis
e sequer servem para fazer o espectador pular da poltrona, já que
todos são antecipados. Além disso, a trama apresenta personagens
unidimensionais e estereotipados (o pesquisador irresponsável e
piadista, a mocinha certinha, a cientista obstinada, mas religiosa,
etc), e em nenhum momento procura criar empatia para com aquelas
pessoas, que são basicamente os únicos personagens do filme.
Ao todo, poucas
cenas se salvam, naqueles que são raríssimos momentos onde há
alguma tentativa de construir uma atmosfera sombria, como na
cena em que dois personagens se encontram em desespero após um
blecaute que é quebrado apenas por rápidos flashes que
parecem revelar uma presença cada vez mais ameaçadora.
Não conseguindo
se concentrar em nenhum ponto de sua história, o filme soa
apressado, pois logo abandona qualquer tópico que apresenta a
serviço de algum sustinho ou alguma cena esquemática. Esse
aspecto, apesar de conferir mais fluidez à narrativa, acaba deixando
a impressão (não só a impressão) de que o roteiro de Luke Dawson
e Jeremy Slater tem dificuldade em encontrar um rumo, indo “direto
ao ponto” em várias situações e não desenvolvendo nenhuma
delas, sendo incompetente em criar tensão ou suspense, e perdendo a
chance de desenvolver minimamente os personagens.
Raso como um pires em suas tentativas de abordar
questões complexas concernentes à ciência e religião, o filme
acaba descambando para um final atabalhoado e genérico, apostando em
um CGI de gosto e qualidade duvidosos e deixando a desagradável
sensação de um gancho para uma eventual sequência que esperamos
nunca ter que ver.
Trailer:
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