Dominação (Incarnate, EUA, 2016)
Diretor: Brad Peyton
Elenco: Aaron Eckhart (Dr.
Ember), Carice Van Houten (Lindsey), Catalina Sandino Moreno (Camilla), David
Mazouz (Cameron), Keir O'Donnell (Oliver), Matt Nable (Dan), Emily Jackson
(Riley), Paul Vincent O'Connor (Padre), Natalija Nogulich (Maggie – No Carro),
John Pirruccello (Henry)
SINOPSE: Incarnate
conta a história sobre um exorcista (Eckhart) com habilidade de acessar o
subconsciente das pessoas possuídas. Um novo desafio aparece quando ele
encontra seu próximo caso, um menino de 11 anos de idade, possuído por um
demônio de seu passado.
Em
meio ao vasto mar de longas, curtas, séries, livros e que tais já feitos sobre
o tema de exorcismo, parece não haver nada mais a ser explorado nesse universo.
Dominação, mais recente filme sobre a temática, não abre mão de certas
convenções, porém inova em tom e estética em vários momentos de sua projeção,
funcionando moderadamente como entretenimento, o que por si só já é bastante
válido.
Aaron
Eckhart (de Frankenstein – Entre Anjos e Demônios) interpreta o “Doutor”
Ember, homem com o dom especial de entrar nos sonhos das pessoas com algum tipo
de possessão, expulsando a entidade parasita ao trazer o humano possuído de
volta à realidade. Tal característica rara também tornou Ember um alvo, já que
anos antes um trágico acidente automobilístico tirou a vida de sua família e o
deixou paraplégico, acidente esse causado por uma poderosa entidade que agora
persegue Ember por toda a parte. No presente, o menino Cameron (Mazouz) é a
mais nova vítima do tal demônio. Com até mesmo o vaticano pedindo ajuda, Dr.
Ember decide entrar na jogada, já que para ele a missão tem um objetivo ainda
maior: Confrontar finalmente o demônio que arruinou sua vida.
Dominação
parece ser um filme-experimento em alguns momentos. Ao mesmo tempo em que o
roteiro sabe que não há nada de novo sob a luz do sol em se tratando de filmes
com exorcismos e exorcistas, contando com os mesmos estereótipos de padres,
vozes guturais e olhos vermelhos, há de certo modo uma maneira inovadora na
qual o longa trata o tema. De uma forma quase científica, o filme abandona em
grande parte o tratamento sobrenatural e por consequência, o horror dá lugar ao
drama metafísico que pode não agradar ao nicho específico ao qual o filme se
destinaria. Entretanto, por outro lado isso é bom, já que os desagradáveis
jumpscares são raríssimos, aparecendo somente na primeira (eficiente)
sequência inicial.
Já
o elenco não compromete, embora seja desperdiçado em personagens rasos e
desinteressantes, e mesmo nosso protagonista é um sujeito composto por Eckhart
de maneira básica, com barba por fazer, jeito ranzinza, poucos amigos e uma voz
rouca, trazendo assim pouco destaque. A trilha sonora se mantém sem grandes
chamarizes, contendo, no entanto, uma equivocada música pop que destoa da
atmosfera do filme.
Lançado
sem grandes alardes aqui no Brasil, e talvez somente porque o país é generoso
com longas do gênero, Dominação provavelmente será esquecido tão logo
entrem os créditos finais, porém seria injusto pintá-lo como uma criatura tão
feia como o Pazuzu. Só não é tão original. Mas quem pode se dar este rótulo
hoje em dia?
Trailer:
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