Direção:
Todd Straus-Schulson
Elenco:
Makin Akerman (Alice Cartwright/Nancy), Taissa Farmiga (Max
Cartwright), Alexander Ludwig (Chris Briggs), Nina Dobrev (Vicky
Summers). Alia Shawkat (Gertie Michaels), Thomas Middleditch
(Duncan), Adam Devine (Kurt), Angela Trimbur (Tina), Chloe Bridges
(Paula), Tory N. Thompson (Blake), Lauren Gros (Mimi).
SINOPSE: Max (Taissa Farmiga), uma garota do ensino médio está de luto pela perda
de sua mãe, que, quando jovem, foi uma atriz de filmes de terror. A
menina se vê, misteriosamente, dentro de um filme da mãe nos anos 1980.
No filme, Max está com sua mãe e suas amigas e elas precisam lutar
contra um assassino, além de conseguir uma maneira de voltar a vida
real.
Terror
nos Bastidores
é um metafilme curioso. Ao mesmo tempo em que, como fã de horror,
me senti bem à vontade com as referências (e a reverência) que o
filme esbanja, em especial com relação à enorme franquia
Sexta-Feira 13
(1980-2009) e seu icônico vilão, também senti grande frustração
ao perceber os rumos que o longa infelizmente acaba tomando.
Dirigido
por Todd Strauss-Schulson (O Natal Maluco de Harold e Kumar) o longa tem como protagonista Max (Taissa Farmiga) cuja mãe, a atriz
Amanda (Malin Akerman) acaba morrendo em um acidente de carro, e cuja
carreira acabara ficando marcada por papéis genéricos em filmes de
horror, em especial do slasher cult Camp
Bloodbath.
Numa espécie de reexibição do tal filme, Max e alguns de seus
amigos se unem a uma multidão de aficcionados e lotam o cinema
local. O problema é que um súbito incêndio na sala de exibição e
o bloqueio das saídas de emergência obriga o grupo de personagens a
utilizar uma saída atrás da tela que os transporta
literalmente...para dentro do filme que estava sendo exibido, onde
acabam se encontrando com os personagens agindo no filme em tempo
real, inclusa entre eles Nancy que é interpretada justamente pela
mãe de Max. Não demora para que os amigos descubram que tentar
fugir do filme é inútil e só há uma maneira de escapar: Uma
virgem deve assumir o papel de Final
Girl, confrontar
e assassinar o maníaco mascarado Billy Murphy cujo passado, máscara,
facão e o tema musical que anuncia sua presença remetem diretamente
a Jason Voorhees.
Contando
com uma trilha sonora que usa e abusa de sintetizadores e uma
atmosfera jovial que prestam homenagem aos slashers
oitentistas, Terror
nos Bastidores é
competente nesse objetivo, e mesmo tocante ao incluir a subtrama (ou
seria trama principal?) o relacionamento entre Max e sua mãe. Uma
pena que, ao tentar acertadamente fugir da mera sátira (vide Todo
Mundo em Pânico
e congêneres) o roteiro é incapaz de criar uma identidade própria,
seu desfecho soando irritante e arrastado. Explico. Os personagens
supostamente "reais"
da trama soam tão aborrecidos e caricaturais que acabamos nos
importando mais com aqueles que, de acordo com a personagem de Nina
Dobrev, não são reais. O problema é justamente quando Tina, Kurt e
Paula, personagens divertidíssimos e cativantes de Camp
Bloodbath,
saem de cena e o longa acaba caindo no lugar-comum, com perseguições
intermináveis num terceiro ato previsível logo de cara. E mesmo que
as pessoas que habitam o longa criassem maior identificação com o
espectador, ainda assim a própria estrutura do roteiro deixa claro
que tudo não passa de um filme. Ou um filme dentro do filme.
Infelizmente com tais características, como o péssimo final e
papéis descartáveis, parece que os artistas por trás de Terror
nos Bastidores
se preocuparam demais em homenagear os slashers
e trouxeram junto seus mesmos defeitos.
Trailer:
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