A Ilha do Mal (Land of Smiles, EUA/Tailândia/Austria, 2017)
Diretor: Bradley Stryker
Roteirista: Bradley Stryker
Produtorxs: Bradley Stryker, Caitlin Cromwell
Elenco: Alexandra Turshen, Keenan Henson, Caitlin Cromwell, Bradley Stryker, Amie Barsky, Krista Donargo, Brandon Nagle, Leandra Ramm, Kate Stone, Jen Burry, Paul C. Kelly, Charisse Bellante, Luke Ditella.
SINOPSE: Uma jovem mochileira é atraída pelo paraíso do terceiro mundo da Tailândia à procura de sua melhor amiga sequestrada e, sem saber, ela se torna o objeto da obsessão de um sociopata.
Utilizar um país “de terceiro mundo” como locação para um filme de terror não é
novidade no cinema de Hollywood. Basta lembrarmos de “Turistas” que usou as terras tupiniquins como território livre para tráfico de órgãos e assassinatos de americanos. Agora é a vez da infame Tailândia virar chacota dos estadunidenses, que aqui mantêm o hábito de tratar países fora do eixo norte-americano e centro-europeu como terras de ninguém, panos de fundo meramente exóticos e violentos para suas narrativas.
Em “Ilha do Mal”, Abby é uma jovem adulta que, após flagrar seu namorado a traindo, e brigar com sua melhor amiga Penny, decide ir atrás dela na Tailândia, onde logo percebe que sua parceira desapareceu. De repente, ela começa a receber estranhas mensagens e vídeos envolvendo um palhaço que tortura Penny e parece querer propor um perigoso jogo para Abby e seus colegas tailandeses, para que Penny continue viva.
A premissa genérica acima só não é pior que as decisões tomadas ao longo do filme pelas personagens, que parecem levar a sério a convenção que aponta um baixo Q.I. para papeis de filmes do gênero. Aliás, o filme todo é uma falta de propósito ambulante. O elenco é fraquíssimo, quase amador, e tenta de todas as formas possíveis passar uma seriedade que não convence, que em vez disso, acaba aborrecendo o espectador com frequência. A seriedade também é pretendida pelo diretor-roteirista Bradley Stryker quando busca talvez uma significação complexa para a montagem psicodélica durante as várias festas que ocorrem no filme, sem, no entanto, um objetivo aparente na trama. Outra escolha duvidosa da direção foi a opção por um found footage misturado com takes filmados com câmera na mão e outros filmados convencionalmente, denotando clara falta de técnica e de sentido em seu roteiro, que em outras mãos, poderia ousar muito mais, ou até mesmo investir num humor negro que vestiria muito bem a proposta do turismo-macabro-com-palhaços.
Curiosamente, se há alguma qualidade no longa-metragem (primeiro dirigido por Stryker, ator com mais de trinta créditos no currículo) é justamente o personagem australiano Dale (interpretado por, vejam só, o próprio Stryker), que traz vida e algum bom humor para o arrastado enredo, demonstrando que alguns artistas talvez devessem se manter apenas em frente às câmeras…
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