terça-feira, 6 de junho de 2017

Sereia Predadora (2016)

Sereia Predadora (SiREN, EUA, 2016)
Diretor: Gregg Bishop
Roteiro: Luke Piotrowski e Ben Collins
Produtores: Gary Binkow, Jude S. Walko, Brad Miska
Elenco: Chase Williamson, Hannah Fierman, Justin Welborn, Hayes Mercure, Michael Aaron Milligan, Brittany Hall, Randy McDowell, Lindsey Garrett, Stephen Caudill, Ava Atwood, Patrick Wood, Angel Jager, Blair Redford.
SINOPSE: Uma despedida de solteiro se torna um pesadelo quando o noivo Jonah liberta o que parece ser uma garota inocente presa em uma boate. O implacável captor e proprietário da boate fará de tudo para recapturar seu troféu. Jonah se esforça para resgatar a garota, apenas para descobrir que é ele quem precisa de resgate, pois a garota é, na verdade, um perigoso predador descrito em fábulas, que o vê como um prêmio. Baseado no segmento "Amateur Night" do filme "V/H/S".






"Nenhum homem consegue resistir a ela. Todos deveriam..."

            Algumas coisas funcionam melhor no formato de curta metragem. Foi assim com V/H/S (2012), uma esperta empreitada independente, que além de servir como vitrine para jovens cineastas do gênero horror, ainda se valeu de uma apresentação facilmente consumível pelo espectador médio. A antologia, que já conta com duas sequências, apresentava contos de horror de curta duração com algum fio condutor em comum, apenas para ligar as histórias. Entre péssimos e bons segmentos, no primeiro filme claramente um se destacava. Amateur Night, a primeira fita do longa se beneficiava de um ritmo ágil e do frenesi de uma câmera vacilante aliado ao arrepiante desfecho para atingir em cheio o espectador. Não demorou para que a ideia de um longa-metragem baseado no curta viesse à tona, e o resultado é este bom Sereia Predadora.
            Na trama Jonah (Williamson) é um homem bem noivado com Eva (Garrett). Quando parte para sua despedida de solteiro, o comportado noivo é levado para o mal caminho por seu irmão Mac (Milligan) junto com mais dois amigos, quando surge um misterioso convite para um clube secreto pra lá de esquisito, onde, é claro, coisa boa não vai acontecer. Chegando no tal lugar, Jonah encontra Lily (Fierman) busca libertá-la, acreditando que a “moça” estava no local.
            Feito de tantos erros quanto acertos, o longa dirigido por Gregg Bishop (V/H/S Viral), tenta expandir a mitologia sugerida no curta original ao criar elementos como a natureza sexual do relacionamento de Lily com suas vítimas, mas acaba perdendo tempo demais criando interação entre as vítimas os amigos, e lançando um sem-número de tramas paralelas com pouco objetivo na trama principal, inclusive gerando um efeito colateral de sentimento de empatia com aquela que seria a vilã do filme. Além disso, o alívio cômico representado pela figura do personagem Mac soa artificial e não funciona, aborrecendo com frequência.
           
Por outro lado, o roteiro cheio de situações nunca deixa o longa cair no tédio, que com duração enxuta mantem o interesse do espectador, criando ainda boas sequências de tensão, como quando os amigos entram na boate underground, ou durante a fuga de Lily. O design da criatura, fiel ao estilo original, continua perturbador e capaz de gerar bons pesadelos. E até mesmo o elenco, que é bastante ruim aqui, acaba funcionando justamente por remeter a uma estética e um jeitão de filme B, que lembra em alguns momentos filmes como Olhos Famintos, e que funciona muito bem, sobretudo no arrepiante e ominoso desfecho. Não é um novo clássico, mas é um horror puro sangue.

 

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