domingo, 28 de outubro de 2012

Bom terror espanhol em "O Orfanato"


O Orfanato (El Orfanato, Espanha, 2007)
Direção: Juan Antonio Bayona
Elenco: Belén Rueda (Laura), Roger Príncep (Simon), Fernando Cayo (Carlos), Mabel Rivera (Pilar), Montserrat Carulla (Benigna), Andrés Gertrúdix (Enrique), Edgar Vivar (Professor Leo Bálaban), Óscar Casas (Tomás), Mireia Renau (Laura Niña), Georgina Avellaneda (Rita), Carla Gordillo (Martín), Alejandro Camps (Víctor), Carmén Lopez (Alicia).
SINOPSE: Uma mulher leva a família de volta à antiga casa onde passou sua infância, onde ela decide abrir um orfanato para crianças com deficiências. Não demora muito para que seu filho comece a se comunicar com um novo amigo invisível.



“Nenhum segredo permanece oculto para sempre”





De volta aos trabalhos, esta resenha é dedicada especialmente à minha querida Jéssica, que foi para além de leitora, uma grande inspiradora. Dedico também aos amigos especiais Renato, Eduardo, Sixx e Lucas. O blog também existe graças ao vosso apoio.

Gente latina talentosa como Alejandro Amenábar, Guillermo Del Toro e agora Juan Antonio Bayona demonstra muita qualidade ao lidar com o cinema de terror. Para o seleto grupo de obras-primas como Os Outros e A Espinha do Diabo entra agora O Orfanato.

Belén Rueda interpreta com entrega Laura, casada com Carlos (Cayo) e mãe adotiva de Simon (Príncep), ela se muda para o lar onde passou sua infância, um antigo orfanato. Ela também planeja transformar o lugar em um lar para tratamento com crianças com deficiência, embora antes que isso possa se concretizar, Laura vê seu filho cada vez mais envolvido com amigos invisíveis que podem ser mais reais do que ela pensa, e que podem guardar um segredo sinistro.

O filme é belíssimo, construído com cuidado em cada detalhe, do som até a fotografia. Constitui-se como um drama de horror que constrói a tensão em um nível cada vez mais alto e sufocante. Assim, se no início somos apresentados à dinâmica genuinamente familiar representada pelas boas atuações do elenco, isso serve para que aumentemos a empatia com eles e assim soframos mais com o que virá a seguir. Há sustos sutis eficientes, bem como imagens chocantes que dificilmente deixarão sua mente tão cedo. O filme perde o ritmo em pouquíssimos momentos, mantendo a tensão quase ininterrupta, abrindo terreno para um desfecho triste e de bom gosto. Programão.




Curiosidades:

  • Mais de 400 crianças fizeram teste para o papel de Simon;
  • Para quem é brasileiro, deve conhecer o Sr. Barriga do seriado Chaves. Edgar Vivar faz um papel menor nesse filme;
  • Recebeu 10 minutos de palmas no Festival de Cannes;

sábado, 20 de outubro de 2012

Minha homenagem a você

Hoje estou triste, cheguei em casa depois da faculdade, abri meu perfil no Facebook como de costume e também como de costume entrei no perfil de uma amiga muito querida, pois ela estava doentinha. Infelizmente não encontrei notícias de sua melhora, infelizmente encontrei o contrário disso. Encontrei que você tinha partido. Encontrei homenagens dos seus amigos em tom de despedida. Não encontrei um tom de esperança, encontrei lágrimas, lágrimas que não pude conter quando finalmente percebi que você não ia voltar. Que não ia mais pedir aquela dica de filme de terror. Que não ia mais postar seus vídeos no Youtube. Que não ia mais dizer Oi, que não ia falar mais do frio (ou do calor) que faz aí no Sul. Que não ia mais falar de música, ou de qualquer outro assunto.  Que não ia mais poder realizar seus sonhos. Que não ia mais ser essa amiga, que embora virtual, era importante demais para mim. Será que estou tendo um sonho ruim?, é o que me vem a cabeça agora, me belisco e não encontro conforto. Lembro também de como te conheci de fato. Nunca te disse, mas antes de te adicionar no Filmow, eu já te conhecia. Conhecia seu Tumblr, fui eu que te indiquei o filme "Escrito nas Estrelas" anonimamente quando você pediu sugestão de um filme romântico, e que comentou a canção "All Apologies" que tocava enquanto eu lia seus lindos textos cheios dos mais verdadeiros sentimentos. Faltam as palavras que você merecia de verdade, pois você merecia tudo de melhor, mas uma coisa é certa: Você nunca será esquecida por mim, lembrarei de você em cada dia, que estiver escrevendo nesse blog, ou ouvindo Guns, ou assistindo filmes, ou pensando sobre a possibilidade maravilhosa que me foi dada de ter te conhecido, de ter tido a oportunidade de saber mais sobre você, de ter aprendido com você, ao mesmo tempo em que a efemeridade do tempo não permitiu que convivesse com você (mesmo que à distância) por mais de um ano. Tudo foi tão rápido e por isso mesmo, tão trágico. Não queria estar escrevendo estas palavras, mas minha admiração e amizade por você fazem que no mínimo eu te preste uma homenagem. Muito obrigado por participar de minha vida, sinto sua falta. Te amo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sam Raimi dirigirá o remake de Poltergeist?


Em Abril um boato começou a circular na internet de que Sam Raimi estava pensando em refilmar o clássico Poltergeist. O Hollywood Reporter rapidamente divulgou que Sam Raimi estava apenas produzindo o filme. Agora o THR mudou a história novamente.
Em um novo artigo recém postado no THR, nós encontramos essa informação. Aparentemente David Lindsay-Abair está escrevendo o roteiro para um remake de Poltergeist,a ser dirigido por Raimi. No que dará? Não sabemos. Mas descobriremos logo, isso é certo.
A reimaginação de Poltergeist originalmente tinha Vadim Perelman (Casa de Areia e Névoa) cotado para dirigir, mas então faltou dinheiro na MGM e o projeto sofreu uma parada na produção.


Outros remakes
Enquanto o remake de Poltergeist não anda, as novas versões de Carrie e Evil Dead já tem trailers.

Carrie:


Evil Dead:

FONTE: The Hollywood Reporter / Dread Central

domingo, 14 de outubro de 2012

Boa surpresa em "Pulse 2"

Pulse 2 (Pulse 2 - Afterlife, EUA, 2008)
Direção: Joel Soisson
Elenco: Todd Giebenhein (Homem de Vermelho - Thomas Ziegler), Diane Ayala Goldner (Sra. Sorenstram), Georgina Reylance (Michelle), Dodie Brown (Fantasma do beco), Jamie Bamber (Stephen), Claudia Templeton (Lisa), Lee Garlington (Tia Carmen), Karley Scott Collins (Justine), Boti Bliss (Marta), John Gulager (Homem na ponte), Grant James (Tio Pete).
SINOPSE: O mundo já não é mais o mesmo depois da invasão dos fantasmas através da internet. As cidades estão desertas, as tecnologias foram banidas e os humanos sobreviventes passam a encarar a vida sem eletricidade para evitar um novo confronto com os espectros. Muitos dos fantasmas estão presos à realidade, repetindo constantemente o ato que conduziu-os à morte. Mas, há fantasmas que negam a fatalidade e não sabem que estão mortos. Eles continuam a assombrar seus lares, encobrindo o medo de que um dia poderão se afastar de lá.







Sequência do filme de 2006, Pulse 2 mostra como a Terra se tornou um lugar morto, e perigoso. Depois de quase matar a filha Justine (Scott Collins), Michelle (Reylance) se torna ao morrer em um fantasma que a persegue constantemente. Para protegê-la, seu pai (Bamber) parte com Justine em busca de um local seguro, longe dos fantasmas que utilizam a rede para se manifestar.

Como não assisti ao primeiro filme (que por sua vez já é um remake), analisarei o título de forma independente.
O filme começa meio desconexo, apresentando personagens e situações não identificáveis à princípio. Mas o filme consegue crescer a partir do segundo ato,com o diretor Soisson conseguindo criar um clima interessante com o apoio de parte de trilha sonora e parte da fotografia, que consegue estabelecer um ambiente de desolamento e morte, e desenvolve bem a trama até certo ponto do filme. Outro ponto interessante foi o fato de usarem a frequência vermelha como proibida aos fantasmas (Shyamalan sempre usou em seus filmes a cor com este significado).

Mas o filme se entrega por muitas vezes às chatas convenções do gênero, como os sustos baseados no repentino aumento da trilha e algumas situações simplesmente impossíveis de acontecer diante do contexto do filme, como na cena em que um homem, mesmo sabendo dos perigos de uma infecção, faz sexo com uma mulher.
Assim, se por um lado ficamos mais desolados do que com medo, graças também aos pouquíssimos diálogos presentes no filme que aumentam esta sensação, ficamos decepcionados com o excessivo caráter comercial representado pela falta de boas ideias. No final fiquei positivamente impressionado devido à baixa receptividade pelo público e críticas americanas. Vale a pipoca.


A Casa dos Mortos 2

A Casa dos Mortos 2 (House of the Dead 2, EUA, 2005)
Direção: Michael Hurst
Elenco: Emmanuelle Vaugier (Alexandra 'Nightingale' Morgan), Ed Quinn (Ellis), Sticky Fingaz (Dalton), Steven Monroe (O'Conner), Victoria Pratt (Henson), James Parks (Bart), Dan Southworth (Nakagawa), Billy Brown (Griffin), Nadine Velazquez (Rodriguez), Ellie Cornell (Jordan Casper), Sid Haig (Professor Curien).
SINOPSE: Um vírus aparece em uma universidade e alunos e funcionários começam a se transformar em zumbis. Depois de 29 dias, uma equipe de cientistas da AMS e membros do exército são enviados para resolver o problema. Mas enquanto eles procuram, as coisas dão errado.







Difícil encontrar alguma razão para este filme ter sido produzido. O antecessor, House Of the Dead, dirigido pelo "pior diretor do universo" Uwe Boll, foi um fracasso de crítica e bilheteria e ganhou o título de um dos piores horrores já produzidos (no mal sentido, mesmo). Custando 6 milhões de dólares, House Of the Dead 2 conta a história de um campus que acaba sendo palco de uma infestação zumbi que desperta a atenção de uma equipe científica e também do exército nacional. História óbvia, resultado óbvio.

É interessante quando um filme de horror se propõe a não se levar a sério e adotar o estilo trash, palavra muito usada por cinéfilos que nem sempre corresponde ao seu verdadeiro significado. Mas House Of The Dead 2 falha miseravelmente seja no aspecto sério do horror, seja na comédia voluntária. Para começar temos as atuações toscas, mas que são ruins porque os atores são ruins mesmo, e não por causa de um aspecto intencional. Faço uma exceção nesse quesito para o veterano e sempre eficiente Sid Haig (A Casa dos 1000 Corpos) cuja participação é mínima. Ao mesmo tempo em que o filme para compensar a falta de ideias nos joga direto “na ação”, demonstra uma incompetência tamanha apresentando os clichês mais básicos de nudez e sexo no cinema de horror e comédia, usados sem propósito até mesmo na cena em que o Doutor doidão interpretado por Sid Haig “zumbifica” uma gostosa, deixando-a nua. Precisava fazer isso? Ou foi só para mostrar o belo corpo da “atriz”? Outro erro ocorre nessa mesma cena. Se o Doutor já esperava que a moça fosse acordar como zumbi, por que não a prendeu ou amarrou?

E essa, acreditem, é a melhor parte do filme. No restante o filme se entrega à total morosidade do roteiro, mesclando elementos da insossa refilmagem de Dia Dos Mortos (mas que pelo menos, se leva a sério) e de outro trash, A Volta dos Mortos Vivos: Necropolis que se saiu melhor em sua abordagem descompromissada. Assim, acompanhamos com enorme tédio noventa minutos de diálogos rasos e batidos, intercalados com mortes que nada têm de chocantes ou nojentas, com direito a situações babacas e sem graça, como quando um soldado luta com um zumbi (sendo mordido, é claro) sendo que tinha uma arma à sua disposição e um colega próximo. Pior ainda é no momento em que um personagem decide se camuflar em zumbi, banhando-se em tripas de um morto. Ele não leva a arma consigo, porque segundo ele, zumbis sentem o “cheiro de pólvora” (!) Existem bons e maus trash, e infelizmente House of The Dead 2 está no segundo grupo. Talvez os jogos sejam melhores...

Curiosidades:

  • O próprio diretor Uwe Boll desejou 'boa sorte' aos membros do filme. Ele não pôde dirigir essa sequência porque estava fazendo BloodRayne.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dia das Crianças Macabro

Não. Não é o mais novo lançamento sensacionalista slasher do cinema, embora a ideia possa render até um filminho razoável (hehe). Na semana do Dia das Crianças vem à memória grandes filmes de terror com crianças nada inocentes ou angelicais. A ideia de que uma criança pode ser tão ou mais cruel do que um adulto no cinema (ou na vida real) sempre surgiu como algo extremamente aterrorizante, afinal de contas, quem consegue matar uma criança? Alguns destes filmes foram grandes sucessos de público ou de crítica, ao fazer abordagens originais de pentelhos malvados. A lista aqui apresentada (em ordem de periculosidade do infante ou qualidade do filme) representa uma visão pessoal e crítica, fiquem à vontade para discordar e adicionar seus favoritos nos comentários. 



15. Cole, Kyra Collins e outros em "O Sexto Sentido" (1999) 
O neoclássico de M. Night Shyamalan não enfocava diretamente o papel de "crianças do mal", mas o pequeno Cole (Haley Joel Osment) era o protagonista que via gente morta, e algumas delas eram crianças realmente assustadoras, destaque para a personagem Kyra Collins (interpretada por uma jovem Mischa Barton) que aparecia sempre de surpresa, elevando o grau do susto.
Obs.: Não consegui postar o vídeo direto, então segue o link 
http://www.youtube.com/watch?v=HRAjzK75M0U

14. Lilith Sullivan em "Caso 39" (2008)
Uma assistente social (Renée Zellweger) luta pela guarda de uma jovem garota por causa de seus perigosos pais. Ela vem a descobrir depois que a jovem nada tem de inocente. Destaque para a cena abaixo. Brr...

13. Danny e as Irmãs Grady em "O Iluminado" (1980)
Baseado no best-seller de Stephen King, o filme dirigido por Stanley Kubrick conta a história de uma família que parte para um tenebroso hotel que tem um passado sangrento. O filho do casal Torrance, Danny, tem poderes sobrenaturais que lhe permitem, por exemplo, vislumbrar o futuro (e o passado). Numa dessas visões o menino encontra as Irmãs Grady. Confira:


12. Menino Toshio em "O Grito" (2004)"
Horrores orientais sempre são carregados nos sustos. O que dizer então de um sinistro menino com pele pálida e olhos negros, que pode ser o fantasma de uma criança morta brutalmente. Destaque para o arrepiante som de miado que ele solta quando algo ruim está para acontecer...

11. Karen Cooper em "A Noite dos Mortos-Vivos" (1968)
O foco do neoclássico de George Romero não eram crianças assassinas, e sim zumbis assassinos. Mesmo assim, não há como deixar de notar a chocante cena na qual uma zumbificada Karen Cooper mata sua mãe à "pazadas". O matricídio foi uma das cenas antológicas do filme.

10. Charlie McGee em "A Incendiária"(1984)
A pouca conhecida adaptação de Stephen King perdeu força no meio de vários lançamentos da época, mas merece entrar nesta lista por conter uma criança (Drew Barrimore) dotada de poderes piro-cinéticos nascida de pais que foram cobaias em um experimento secreto.  

9. Gage em "Cemitério Maldito"(1989)
Outra adaptação de King, Cemitério Maldito conta a história de uma pequena família que se muda para uma casa próxima a um cemitério indígena de animais. Depois de o pequeno e angelical Gage morrer atropelado, o desesperado pai busca uma forma de reviver seu filho no místico cemitério. O problema é que Gage volta como um menino muito mal-comportado.

8. As crianças de "Colheita Maldita"(1984)
Stephen King mais uma vez presente na lista. O pequeno Colheita Maldita apresenta não só uma, como várias crianças e pré-adolescentes que não obedecem aos pais. Quando um casal chega a cidadezinha de Gatlin, eles encontram uma verdadeira multidão de crianças que tomaram a cidade seguindo fielmente um rito que não permite que maiores de 18 anos permaneçam vivos na cidade. Azar de Linda Hamilton e Peter Harton

7. Samara Morgan em "O Chamado" (2003)
A sapeca menina Samara (presente nos originais japoneses e nos dois filmes americanos) adora nadar em um poço e sempre tem tempo para ligar para os amigos anunciando uma visita em sete dias. Só que nem sempre a visita é bem-vinda...

6. Regan Mcneil em "O Exorcista" (1974)
O filme que apavorou toda uma geração conta como protagonista o próprio tinhoso, ou melhor, a doce menina Regan (Linda Blair) que de uma hora para outra passa a se comportar estranhamente, ficando desbocada e violenta.

5. As crianças de "A Aldeia dos Amaldiçoados"(1960)
Tanto o original quanto o remake de 1995 (A Cidade dos Amaldiçoados) contam a história de mulheres de uma cidade que simultaneamente são engravidadas por entidades alienígenas, gerando crianças não tão normais assim. Para quem acompanha Os Simpsons, o filme foi parodiado em um episódio no filme de terror The Bloodening (O Sanguinolento).


4. O bebê de "Nasce um Monstro"(1974)
O pequeno cult que era exibido regularmente no Cinema em Casa do SBT tem como vilão um bebê (!) monstro, nascido de uma mulher que usou remédios para ajudá-la a engravidar. O bebê é tão malcriado que começa a matança na sala de parto. Tem apenas uma coisa errada com o bebê dos Davis: Está vivo.


3. Henry em "O Anjo Malvado"(1993)
Depois de brilhar na serie infantil de sucesso Esqueceram de Mim, Macaulay Culkin encarnou um personagem totalmente diferente. O garoto Mark (Elijah Wood) vai morar com seus tios e seu primo Henry (Culkin) que prova ser um verdadeiro psicopata. O final do filme ainda choca.

2. A Menina Esther em "A Órfã"(2009)
Um dos poucos terrores originais da Dark Castle, o filme apresenta sua protagonista: Uma garota de 9 anos chamada Esther que é adotada por um jovem casal. Não é preciso adivinhar que ela se tornará uma ameaça à vida da família. Apesar do final boboca, entrega uma grande mini-vilã

1. Damien em "A Profecia"(1976)
O capetinha (literalmente) Damien demonstra ser o verdadeiro anticristo quando estranhos acontecimentos envolvendo violentas mortes começam a acontecer à sua volta.



Menção Honrosa para Brinquedo Assassino, que embora não apresente uma criança vilã, e sim um boneco, gira em torno de todo um universo infantil. Que tal ganhar um Chucky no próximo dia das crianças?

domingo, 7 de outubro de 2012

Horror gótico em "A Mulher de Preto"

A Mulher de Preto (The Woman in Black, Inglaterra, 2012)
Direção: James Watkins
Elenco: Sophie Stuckey (Stella Kipps), Daniel Radcliffe (Arthur Kipps), Misha Handley (Joseph Kipps), Jessica Raine (Nanny), Roger Allam (Sr. Bentley), Lucy May Barker (Empregada), Ciarán Hinds (Daily), Shaun Dooley (Fisher), Mary Stockley (Sra. Fisher), Alexia Osborne (Victoria Hardy).
SINOPSE: Na história, o jovem advogado Arthur Kipps (Radcliffe) precisa viajar para uma região remota da Inglaterra para cuidar dos papeis de um cliente recém-falecido. Enquanto trabalha na casa antiga e isolada, Kipps começa a descobrir seus trágicos segredos. A situação piora quando ele entende que  o vilarejo é refém do fantasma de uma mulher magoada, em busca de vingança.




“Você acredita em fantasmas?”





Daniel Radcliffe ficou conhecido por interpretar o bruxo Harry Potter na famosa e cultuada serie de oito filmes de sucesso. A produtora inglesa Hammer, de volta ao mercado recentemente com os bons A Inquilina e Deixe-me Entrar se une ao astro Radcliffe para produzir um interessante horror no estilo gótico que remete às primeiras décadas do cinema do gênero.

Baseado no livro de Susan Hill e remake do filme homônimo de 1989, desta vez com o roteiro escrito por Jane Goldman (Kick-Ass, X-Men Primeira Classe), A Mulher de Preto conta a história do jovem advogado Arthur Kipps (Radcliffe). Em dificuldades emocionais e financeiras após perder a mulher no parto de seu pequeno filho, Kipps ainda não superou o fato e tem uma última chance de manter o seu emprego viajando para uma cidadezinha para cuidar da papelada e testamento de uma viúva que deixou uma velha mansão, sem herdeiros. Chegando lá, o advogado é recebido com hostilidade pela população local, que teme que sua presença na casa da viúva morta (a mulher de preto) possa iniciar uma nova serie de mortes infantis inexplicáveis, que é o que justamente ocorre quando Arthur começa a ter visões da mulher constantemente, adicionadas a barulhos estranhos pela casa.

O filme acerta ao estabelecer o tom frio e opressor graças à sua belíssima direção de arte e fotografia predominantemente em tons de cinza, ainda ressaltando o isolamento de Kipps em planos abertos e sendo eficiente nos sustos que entrega. Outro acerto é na escolha do protagonista: Radcliffe se entrega ao personagem, apresentando uma atuação sem exageros e fazendo com que nos identifiquemos com o sofrimento do personagem.

A mesma qualidade, entretanto, desaparece na condução de seu roteiro, que dá voltas e mais voltas (sem ser cansativo, no entanto) sem oferecer nenhuma “solução”, e que ainda apresenta exageros (Por que Kipps se jogou ao pântano por causa de um esqueleto do filho da viúva?). E o pior é que acaba entregando uma conclusão simplista demais para o desenvolvimento que, mal ou bem, vinha oferecendo. Um bom programa de horror, contudo.


Curiosidades:

  • Adrian Rawlins que, pai de Daniel Radcliffe na serie Harry Potter, foi o protagonista da versão de 1989;
  • O jovem ator que interpreta o filho de Radcliffe no filme é seu real afilhado, a ideia foi lançada por Radcliffe para dar mais veracidade à relação entre eles.


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