quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

"The Lords of Salem", trailer e poster

O novo filme de Rob Zombie (A Casa dos 1000 Corpos, remake de Halloween), está prestes a dar as caras nos grandes cinemas, depois de passar por alguns festivais, tem estreia prometida para o final de Abril nos Estados Unidos. O filme conta a história de uma equipe de rádio que recebe estranhas caixas de madeira contendo gravações dos "senhores de Salem", que logo se revelarão sedentos por sangue. Confira trailer e poster oficial:




FONTE: Dread Central

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Mau dia para Kirby Bliss Blanton na primeira imagem do novo horror de Eli Roth, "The Green Inferno"

O diretor Eli Roth (O Albergue 1 e 2, Cabana do Inferno) divulgou na semana passada a primeira imagem (still) de seu novo filme, intitulado "The Green Inferno", com Daryl Sabara (Pequenos Espiões), Kirby Bliss Blanton, Ariel Levy e Lorenza Izzo (Aftershock) e produzido pela Worldview Entertainment, o longa, rodado no Peru e no Chile, contará a história de um grupo de jovens ativistas de Nova York que viaja para a selva amazônica no Peru para salvar uma tribo em extinção. Porém o avião deles quebra no meio da mata e eles terão que lidar com os famintos nativos. A história lembra os plots dos filmes de canibalismo italianos da década de 80 e não é coincidência. Roth decidiu fazer o filme como homenagem e remake das produçoes mais características do ciclo, como Cannibal Holocaust e Cannibal Ferox.

O filme está em processo de pós-produção, mas não há previsão de data de estreia mundial, nem distribuidora no Brasil.

  


FONTE: Empire / Dread Central / Boca do Inferno

Chernobyl - Sinta a Radiação




Chernobyl - Sinta a Radiação (Chernobyl Diaries, EUA, 2012)
Direção: Bradley Parker
Elenco: Alex Feldman (Medic Goldshmidt), Devin Kelley (Amanda), Dimitri Diatchenko (Uri), Ingrid Bolsø Berdal (Zoe), Jesse McCartney (Chris), Jonathan Sadowski (Paul), Kristof Konrad (Medic Grotzky), Milos Timotijevic (Guarda Russo), Nathan Phillips (Michael), Olivia Dudley (Natalie)
SINOPSE: Do mesmo produtor e roteirista de Atividade Paranormal, o filme segue um grupo de amigos que decidem passar suas férias em Pripyat, uma cidade abandonada no norte da Ucrânia, próxima a usina de Chernobyl, lugar onde ocorreu o maior acidente nuclear da história. Eles acabam ficando presos na cidade-fantasma apenas para descobrirem que, não estão sozinhos...


"Há dez anos atrás, o governo ucraniano permitiu a visita às áreas em torno de Chernobyl. Eles disseram que era seguro...Não era"




Não havia muito o que esperar desta nova empreitada do criador de Atividade Paranormal, Oren Peli. Se em seu primeiro filme o diretor já investia na trama com criatividade se apoiando no marketing e na picaretagem, criando um produto final interessante, aqui como produtor e co-roteirista, Peli se deixa levar por um tema “polêmico” e claramente apelativo para criar seu novo filme. E o resultado, apesar de decepcionante, tem seus bons momentos.

O roteiro conta a história de três jovens que vão até o Leste europeu (nunca um bom lugar para se visitar quando o assunto são filmes de horror) visitar o irmão de um deles (Jonathan Sadowski de Sexta-Feira 13) que por sua vez os leva com um guia “de turismo” e mais um casal para conhecer as ruínas de uma cidade-fantasma, chamada Pripyat, vizinha de Chernobyl, local onde em 1986 ocorreu um dos maiores acidentes nucleares da história na usina local, matando milhares de pessoas a curto e longo prazo. Ignorando qualquer regra (ou bom senso) que os mantenha longe do perigo, o grupo se aventura pelos apartamentos vazios e ruas desertas, sem saber que pode haver algo escondido na escuridão (que frasezinha clichê hein?). De todo modo, o diretor Parker é competente até este ponto, criando uma certa afinidade com os personagens já classicamente rasos e criando uma boa atmosfera de tensão. Entretanto, a lógica passa longe em momentos constrangedoramente ruins. Por exemplo, por que em sã consciência alguém iria a uma cidade vítima de um acidente radioativo correndo risco de, no mínimo, ser contaminado pela radiação? E por que iriam acompanhados por apenas um guia (que trabalha sozinho), sabendo que se algo acontecesse durante a viagem, a ajuda demoraria a chegar? E por que o personagem Chris sai à noite da van recém-sabotada na qual viajavam, para seguir o guia, voltando gravemente ferido e claro, obrigando seus amigos a saírem do veículo para buscar ajuda a pé?

Perguntas sem respostas que claramente denunciam a peneira que se transforma o roteiro dos Irmãos Dyke e Oren Peli, que possui alguma qualidade apenas na proposital escolha de cenário para a contagem de corpos que o longa oferece.



Curiosidades: 
  • O filme foi filmado parte na Sérvia e parte na Hungria

 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Experiência


A Experiência (Species, EUA, 1995)
Direção: Roger Donaldson
Elenco: Ben Kingsley (Xavier Fitch) (Dan Smithson), Natasha Henstridge (Sil), Alfred Molina (Dr. Stephen Arden), Michael Madsen (Preston Lennox), Marg Helgenberger (Dra. Laura Baker), Michelle Williams (Sil jovem), Jordan Lund (Aide), Virginia Morris (Mãe),
SINOPSE: Em 1993 um Projeto para encontrar Inteligência extra-terrestre recebe uma transmissão detalhando uma estrutura de DNA, acompanhando instruções de como combiná-lo com DNA humano. O resultado é Sil, uma criatura sensual, porém mortal que consegue transitar entre uma bela mulher e uma máquina de matar num piscar de olhos. O agente do governo Xavier Fitch reúne uma equipe de cientistas e mercenários para localizar e destruir Sil antes que ela possa encontrar um parceiro e procriar.


"Nosso tempo acabou"



Depois que a série Alien, iniciada com O Oitavo Passageiro (1979) colocou os alienígenas em uma posição suprema dentro do gênero de suspense de horror, Hollywood e o mundo inteiro se aproveitaram do filão, gerando filmes a rodo, com qualidade variando de boa a péssima. Em 1995 uma equipe e elenco de peso com nomes como Forest Whitaker, Ben Kingsley e H R Giger chamaram a atenção para um filme que prometia uma qualidade superior na batida história de alienígena.

O filme começa quando uma equipe de cientistas recebe um sinal vindo do espaço que pode ser sinal de vida inteligente em outro planeta. Após receberem uma ‘receita’ de como combinar DNA humano e DNA alienígena, o laboratório cria Sil, um híbrido com aparência feminina e que foge do laboratório antes de ser exterminada. Agora andando livremente pelas ruas como uma mulher bastante atraente, Sil (Natasha Henstridge) acaba deixando um rastro de sangue enquanto procura um meio de procriar, enquanto uma equipe de especialistas (Whitaker, Kingsley, Molina, Madsen e Helgenberger) segue em seu encalço para impedi-la.

Investindo bastante nos detalhes técnicos, o filme cria uma alienígena com design bastante interessante, que teve a participação de Giger, o mesmo que criou o xenomórfo de Alien. A mesma qualidade aparece na maquiagem prática, pelo menos enquanto é utilizada em detrimento do horroroso CGI apresentado na tela, que é risível. Natasha Henstridge se destaca como um mulherão, sobretudo quando aparece nua em vários momentos do filme, e é dela talvez a melhor atuação do filme. O resto dos grandes talentos de que o filme dispõe são todos desperdiçados em personagens unidimensionais e caricatos, como o cientista estereotipado de Ben Kingsley. No entanto, no filme sobram situações de extrema tensão, como a cena do laboratório e o ritmo super acelerado que envolve um vibrante jogo de gato-e-rato entre Sil e os cientistas. Assim, em vez de se transformar em um novo clássico, A Experiência se torna apenas um passatempo despretensioso, que não nego, é muito divertido. 

Curiosidades:
  •  É o filme de estreia de Natasha Henstridge;
  •  O comentário de Fitch que diz que eles fizeram Sil uma fêmea para ser mais dócil é uma clara piada interna que confirma sua ignorância. Em toda espécie predatória conhecida, a fêmea é sempre mais agressiva.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Encarnação do Demônio


Encarnação do Demônio (Brasil, 2008)
Direção: José Mojica Marins
Elenco: José Mojica Marins (Josefel Zanatas – Zé do Caixão), Jece Valadão (Coronel Claudiomiro Pontes), Adriano Stuart (Capitão Oswaldo Pontes), Milhem Cortaz (Padre Eugênio), Rui Rezende (Bruno), Zé Celso (Mistificador), Lucy Pontes (Cristina Aché), Helena Ignez (Cabíria), Débora Muniz (Lucrecia), Thais Simi (Maíra), Cléo de Páris (Dra. Hilda), Nara Sakarê (Elena), Giulio Lopes (Mário), Eduardo Chagas (Emiliano), Luis Melo (Seu Américo), Raymond Castille (Zé do Caixão jovem).
SINOPSE: Após 40 anos preso, Zé do Caixão é finalmente libertado. De volta às ruas, o coveiro sádico está decidido a cumprir a meta que o levou à prisão: encontrar a mulher que possa gerar seu filho perfeito. Em seu caminho pela cidade de São Paulo, ele deixa um rastro de horror, enfrentando leis não-naturais e crendices populares. O filme encerra a trilogia clássica de José Mojica Marins. 


"O Sangue é Eterno"


Dizem que o maior erro do cineasta José Mojica Marins foi o de ao longo dos anos se confundir com sua maior criação: o personagem icônico Zé do Caixão. Talvez isso seja verdade, mas é inegável que este personagem deu força para que Mojica continuasse povoando a mente dos brasileiros e também do público internacional, mesmo com o seu grande hiato nas telas do cinema (seu último projeto do gênero como diretor foi o pequeno Perversão (1979)). E podemos dizer que a espera valeu a pena, pelo menos para o público fã de horror, que conseguiu finalmente conferir a parte final da trilogia que começou com À Meia Noite Levarei Sua Alma (1964) e Esta Noite Encarnarei no teu cadáver (1967).

A própria trama se confunde com o grande período de Mojica fora do cinema, já que se passa exatamente 40 anos após os eventos do último filme da série. Após um longo tempo trancafiado em uma penitenciária suja, Josefel Zanatas ou Zé do Caixão (Mojica) é libertado para desespero do diretor da cadeia, interpretado por um convincente Luis Melo. Desta vez solto nas ruas da capital paulista, Zé continua sua busca pela mulher superior que gerará seu filho perfeito, e que dará continuidade ao seu legado de morte. No caminho terá que enfrentar dois policiais, um padre em seu encalço e a ira dos fantasmas das vítimas anteriores de Zé.

Escrito por Mojica e Dennison Ramalho (do premiado e violento curta-metragem Amor Só de Mãe), o filme é caprichado tecnicamente, incluindo um crew bastante profissional, que se distancia dos primeiros projetos de Mojica, como a direção de arte vistosa de Cássio Amarante, que constrói muito bem o ‘quartel-general’ de Zé, a belíssima fotografia de José Roberto Eliezer e a trilha sonora enervante de André Abujamra e Marcio Nigro. Além disso, temos a maquiagem de efeitos de Kapel Furman (também presente no curta de Dennison) que não fica devendo nada aos americanos. Mesmo com um orçamento maior e uma técnica mais aprimorada, o longa mantém toda a tradição dos primeiros filmes, que vão desde o tom declamatório na maioria dos diálogos até a presença de insetos e o combate às crendices populares. E justamente nas atuações é que mora um dos problemas. Além de alguns atores serem bem inexperientes, temos o policial extremamente caricato interpretado por Adriano Stuart e a atuação insana de Milhem Cortaz, que ora funciona, ora não. O veterano Jece Valadão aparece bem, ainda que o triste fato de  seu falecimento tenha forçado mudanças no já frágil roteiro; também temos as já citadas declamações que soam muitas vezes anti-climáticas e por vezes constrangedoras. Já as cenas de tortura são, no geral, gratuitas e remetem diretamente ao subgênero torture-porn, algo que não é um elogio nesse caso, mas Mojica ganhou finalmente o merecido encerramento de sua trilogia, e a fecha de maneira satisfatória, com direito a uma edição em DVD recheada de materiais extras distribuída pela Fox Film. E como o plano contra-plongée de Zé do Caixão numa cena do filme sugere, ele ainda está em uma posição bastante superior no nosso cinema de gênero, ainda que para essa continuação aspectos desastrosos como o machismo que permeia todo o filme, além dos diálogos expositivos e mal escritos tenham prejudicado bastante o longa, que foge bastante das propostas originais dos primeiros dois filmes de Mojica.

Curiosidades:
  • Alguns dos papeis dos filmes foram interpretados por atores com pouca ou nenhuma experiência;
  • A cena na qual ocorre a suspensão de um policial por meio de ganchos cravados em suas costas foi feita por um performer de body modification, ou seja, a cena foi real, sem maquiagem envolvida. 

 

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