quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Remake de um clássico em Viagem Maldita

Viagem Maldita (The Hills Have Eyes, EUA, 2006)
Direção: Alexandre Aja
Elenco: Aaron Stanford (Doug Carter), Kathleen Quinlan (Ethel Carter), Vinessa Shaw (Lynne Carter), Emilie DeRavin (Brenda Carter), Dan Byrd (Bobby Carter), Robert Joy (Mutante Lizard), Michael Bailey Smith (Mutante Pluto), Billy Drago (Papa Jupiter), Ted Levine (“Big” Bob Carter).
SINOPSE: História de uma família em férias com direção à Califórnia, que, no entanto, é desviada com muito pavor a um trecho desolado do deserto, levando seus viajantes a ficarem presos em uma zona atômica do governo. Longe de tudo, a família Carter logo percebe que esta aparente desabitada terra devastada é, na verdade, local de procriação de uma cruel e sanguinária família de mutantes...que fará deles suas presas, enfrentando assim uma batalha desesperada pela sobrevivência.






“Quem tem sorte morre primeiro”



O ano de 2006 foi bom para o cinema de horror. Além de Abismo do Medo e O Albergue, sucessos de bilheteria, nesse ano também estreou no Brasil o bom Viagem Maldita, refilmagem de Quadrilha de Sádicos (1977), dirigida por Wes Craven. Os planos para a produção do remake já vinham desde 2003, quando os cineastas franceses Alexandre Aja e Gregory Levasseur (vindos do pequeno sucesso francês Alta Tensão) tiveram a primeira reunião com Wes Craven. 


A trama envolve uma típica família americana em período de férias, cujo patriarca “Big” Bob (Ted Levine) decide fazer o caminho por uma parte do deserto do Novo México, após a manjada dica de um dono de posto de gasolina, por uma paisagem desolada e assustadora. Porém o que a família Carter não sabia é que este trecho do deserto foi usado como zona atômica de testes para o governo americano, e que uma família de mutantes vivia por lá, se alimentando dos incautos e utilizando as mulheres para procriação (como visto na parte 2).

O filme é ultraviolento, tendo sua versão sem cortes lançada somente posteriormente em homevideo. Diferentemente da maioria dos remakes atuais, Viagem Maldita é muito competente em transpor a história para os dias modernos. Outros grandes trunfos foram a direção de arte, capaz de criar um posto de gasolina realista, bem como os sinistros casebres da vila de testes nuclear; também há destaque na maquiagem e efeitos especiais dos mutantes, tudo feito para assustar e ao mesmo tempo evocar o realismo necessário no filme. E finalmente, a transformação de um pacato e mesmo covarde cidadão em um violento vingador fazem desse filme um belo filme de horror do subgênero mutantes e attack-and-revenge, que se torna um grande survival movie.

Curiosidades:

  • Embora a produção (americana) quisesse que as filmagens fossem realizadas nos EUA, o diretor Alexander Aja insistiu (e conseguiu) que o deserto utilizado fosse o de Marrocos;
  • As imagens reais de mutação que aparecem no início do filme não são causadas por radiação e sim pelo uso do "Agente Laranja" na guerra do Vietnã;
  • O posto de gasolina construído em Marrocos foi tão bem feito que algumas pessoas que passavam paravam para abastecer.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Sexta-Feira 13: O início da saga

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, EUA, 1980)
Direção: Sean Cunningham
Elenco: Betsy Palmer (Pamela Voorhees), Adrienne King (Alice), Ari Lehman (Jason Voorhees), Kevin Bacon (Jack), Harry Crosby (Bill), Walt Gorney (Crazy Ralph).
SINOPSE: O acampamento Crystal Lake será reaberto. Monitores ansiosos, seus olhos brilhando com nobres ideias e seus hormônios à flor da pele. Eles estão prontos para liderar as canções e brincadeiras dos hóspedes. Mas há um jogo que não constava na lista de atividades. Alguém resolveu de brincar de Mate o Monitor.







ATENÇÃO: O TEXTO ABAIXO CONTÉM INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE O ENREDO (SPOILERS), ENTÃO NÃO LEIA SE AINDA NÃO VIU O FILME

A franquia de filmes Sexta-feira 13 se tornou famosa por vários aspectos. O sucesso do primeiro filme, seu conteúdo e a criação de um ícone do cinema são alguns deles. Na época de lançamento do primeiro filme, o público americano estava gostando dos lançamentos slashers, filmes com assassinos cruéis, urbanos e violentos. Foi o caso dos clássicos Aniversário Macabro (esse não um slasher) e Halloween, filmes da segunda metade da década de 70 e que fizeram grande sucesso de audiência. Sean Cunningham, que havia trabalhado com Wes Craven em Aniversário Macabro, percebeu isso, e com um orçamento modesto (estimado em 550 mil dólares), criou o primeiro filme que viria a ser sinônimo do assassino Jason.
Um dos fatos curiosos deste filme é que Jason quase não aparece (exceto por alguns flashbacks e pela cena final) e não é ele o assassino deste filme.
Sua mãe Pamela Voorhees (Betsy Palmer) é o algoz dos pobres monitores que estão tentando reabrir o acampamento Crystal Lake, fechado há anos e que foi cenário da morte por afogamento de Jason, filho único de Pamela.
Apesar do estrondoso sucesso, Sexta-Feira 13 não é nem de longe o melhor filme dentre seus “companheiros” slashers. Foi uma cópia assumida (na formatação do enredo) de Halloween e contém atuações extremamente canastronas. Entretanto, conseguiu segurar bem o mistério do assassino e apresentou bons efeitos de maquiagem (feitos por Tom Savini).

Contagem de Corpos: 10

Barry e Claudette: Esfaqueados (Off-screen).
Annie: Perseguida pela mata e esfaqueada na garganta.
Ned: Corte na garganta.
Jack: Lança trespassando sua garganta por baixo da cama.
Marcie: Machadada na testa.
Brenda: Morta e arremessada pela janela.
Bill: Flecha na garganta e no olho (off-screen).
Steve Christy: Esfaqueado na barriga.
Pamela Voorhees: Ela própria, decapitada pela heroína Alice.

Curiosidades:

  • O filme foi um estrondoso sucesso na época e continua sendo um dos maiores da história do cinema (faturou quase 40 milhões de dólares);
  • Originalmente, o personagem de Jason não seria deformado, mas os produtores queriam que ele fosse mais assustador;
  • O filme teve oficialmente nove sequências. Além delas, Jason apareceu em Freddy vs. Jason e no novo filme Sexta-Feira 13.


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