Direção:
James Watkins
Elenco: Sophie Stuckey (Stella Kipps), Daniel Radcliffe (Arthur Kipps), Misha Handley (Joseph Kipps), Jessica Raine (Nanny), Roger Allam (Sr. Bentley), Lucy May Barker (Empregada), Ciarán Hinds (Daily), Shaun Dooley (Fisher), Mary Stockley (Sra. Fisher), Alexia Osborne (Victoria Hardy).
SINOPSE: Na história, o jovem advogado Arthur Kipps (Radcliffe) precisa viajar para uma região remota da Inglaterra para cuidar dos papeis de um cliente recém-falecido. Enquanto trabalha na casa antiga e isolada, Kipps começa a descobrir seus trágicos segredos. A situação piora quando ele entende que o vilarejo é refém do fantasma de uma mulher magoada, em busca de vingança.
“Você acredita em fantasmas?”
Daniel
Radcliffe ficou conhecido por interpretar o bruxo Harry Potter na famosa e
cultuada serie de oito filmes de sucesso. A produtora inglesa Hammer, de volta
ao mercado recentemente com os bons A Inquilina e Deixe-me Entrar
se une ao astro Radcliffe para produzir um interessante horror no estilo gótico
que remete às primeiras décadas do cinema do gênero.
Baseado
no livro de Susan Hill e remake do filme homônimo de 1989, desta vez com
o roteiro escrito por Jane Goldman (Kick-Ass, X-Men Primeira Classe), A Mulher de Preto conta a história
do jovem advogado Arthur Kipps (Radcliffe). Em dificuldades emocionais e
financeiras após perder a mulher no parto de seu pequeno filho, Kipps ainda não
superou o fato e tem uma última chance de manter o seu emprego viajando para
uma cidadezinha para cuidar da papelada e testamento de uma viúva que deixou
uma velha mansão, sem herdeiros. Chegando lá, o advogado é recebido com
hostilidade pela população local, que teme que sua presença na casa da viúva
morta (a mulher de preto) possa iniciar uma nova serie de mortes infantis
inexplicáveis, que é o que justamente ocorre quando Arthur começa a ter visões
da mulher constantemente, adicionadas a barulhos estranhos pela casa.
O
filme acerta ao estabelecer o tom frio e opressor graças à sua belíssima
direção de arte e fotografia predominantemente em tons de cinza, ainda
ressaltando o isolamento de Kipps em planos abertos e sendo eficiente nos
sustos que entrega. Outro acerto é na escolha do protagonista: Radcliffe se
entrega ao personagem, apresentando uma atuação sem exageros e fazendo com que
nos identifiquemos com o sofrimento do personagem.
A
mesma qualidade, entretanto, desaparece na condução de seu roteiro, que dá
voltas e mais voltas (sem ser cansativo, no entanto) sem oferecer nenhuma
“solução”, e que ainda apresenta exageros (Por que Kipps se jogou ao pântano
por causa de um esqueleto do filho da viúva?). E o pior é que acaba entregando
uma conclusão simplista demais para o desenvolvimento que, mal ou bem, vinha
oferecendo. Um bom programa de horror, contudo.
Curiosidades:
- Adrian Rawlins que, pai de Daniel Radcliffe na serie Harry Potter, foi o protagonista da versão de 1989;
- O jovem ator que interpreta o filho de Radcliffe no filme é seu real afilhado, a ideia foi lançada por Radcliffe para dar mais veracidade à relação entre eles.
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