Pânico (Scream, EUA, 1996)
Direção: Wes Craven
Elenco: Neve Campbell (Sidney Prescott), Drew
Barrymore (Casey), Kevin Patrick Walls (Steve), Roger Jackson (Voz pelo
telefone), Skeet Ulrich (Billy), Lawrence Hecht (Pai de Sidney), Courteney Cox
(Gale Weathers), David Arquette (Policial Dewey), Rose McGowan (Tatum), Matthew
Lillard (Stuart), Jamie Kennedy (Randy), W. Earl Brown (Kenny).
SINOPSE: Um ano após a morte da mãe de Sidney
Prescott (Neve Campbell), dois estudantes acabam estripados sem nenhuma razão. É
um novo serial killer que aparece e Sidney suspeita que as mortes tenham
relação com a de sua mãe. Ninguém está seguro e o assassino começa a deixar um
rastro de morte. Todo mundo é suspeito nesse caso.
“Você gosta de filmes de horror?”
Wes
Craven (A Hora do Pesadelo, Aniversário Macabro), hábil cineasta de
horror que sabe bem o que o público do gênero aprecia, foi o responsável por
dirigir o excelente roteiro de Kevin Williamson (Teaching Mrs. Tingle),
que apesar de parecer nada original, revigorou o gênero terror justamente em um
de seus momentos mais raquíticos no cinema. No início dos anos 90, o cinema de
horror se limitava a remakes (já naquela época, por exemplo, “A Noite dos
Mortos-vivos”), continuações cansativas das cinesséries A hora do Pesadelo
e Sexta-Feira 13 e filmes originais de baixo orçamento (Testemunha
Muda, Candyman) e quem conseguia prêmios e boas bilheterias eram
justamente filmes que não se encaixavam diretamente no gênero horror (O
Silêncio dos Inocentes e Entrevista com o Vampiro, por exemplo).
Logo, o feito de Pânico é admirável e inegável. Mas e a história?
“Qual o seu filme de horror favorito?”
O
filme começa com uma ligação telefônica de um estranho para Casey (Drew
Barrymore), mas o que parece ser um engano logo se revelará como um assustador
destino para Casey e seu namorado Steve (Kevin Walls). Após a morte dos jovens,
a cidade de Woodsboro vive uma atmosfera de tensão e medo, em particular os
jovens à volta de Sidney (Neve Campbell), cuja vida já havia sido abalada um
ano antes pela violenta morte de sua mãe. Será que os assassinatos estão
relacionados? Ainda mais depois de seu pai desaparecer e o assassino parecer estar mirando diretamente em
Sidney.
A
história de Pânico não parece diferir muito da maior parte dos slashers
convencionais (como Sidney menciona ao falar com o assassino pelo telefone em
uma parte do filme, os filmes de terror são sempre a mesma coisa: Uma garota
peituda sendo perseguida por um assassino estúpido, e ao invés de sair pela
porta, prefere subir as escadas correndo). E é justamente ao brincar consigo
mesmo, que Pânico atinge o seu objetivo. Desde o início do filme, temos
um show de clichês e referências que duram até o seu desfecho, que contém uma
reviravolta bastante interessante. Talvez Pânico seja o filme que contém
mais referências, inclusive. Além disso, um dos feitos inéditos foi mesclar a série
de assassinatos com um ambiente completamente urbano e não fazer do assassino
um ser sobrenatural. Ponto para Pânico, que iniciou uma nova era no gênero,
sendo copiado e referenciado ele mesmo por inúmeros filmes posteriores, um
grande filme de horror. Como extra, deixo aqui dois vídeos de um dos
personagens mais carismáticos de Pânico, Randy (Jamie Kennedy), um jovem
que trabalha em uma locadora e sabe tudo sobre filmes de horror, inclusive
algumas regras bem úteis para sobreviver em um filme do gênero:
Curiosidades:
- Alicia Witt
(Lenda Urbana) e Brittany Murphy (8 Mile) fizeram o teste para o papel de Sidney
Prescott, mas não passaram. O papel foi oferecido para Reese Witherspoon, que
recusou.
- Para manter Drew Barrymore chorando, Wes Craven ficava repetindo histórias de crueldade contra animais. Ela é uma defensora dos direitos animais.
- Rose McGowan acabou descobrindo que consegue passar por uma entrada de animais de estimação.
- Foram gastos na produção cerca de 50 galões de sangue falso.
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