domingo, 3 de janeiro de 2016

Terror nos Bastidores (2015)

Terror nos Bastidores (The Final Girls, EUA, 2015)
Direção: Todd Straus-Schulson
Elenco: Makin Akerman (Alice Cartwright/Nancy), Taissa Farmiga (Max Cartwright), Alexander Ludwig (Chris Briggs), Nina Dobrev (Vicky Summers). Alia Shawkat (Gertie Michaels), Thomas Middleditch (Duncan), Adam Devine (Kurt), Angela Trimbur (Tina), Chloe Bridges (Paula), Tory N. Thompson (Blake), Lauren Gros (Mimi).
SINOPSE: Max (Taissa Farmiga), uma garota do ensino médio está de luto pela perda de sua mãe, que, quando jovem, foi uma atriz de filmes de terror. A menina se vê, misteriosamente, dentro de um filme da mãe nos anos 1980. No filme, Max está com sua mãe e suas amigas e elas precisam lutar contra um assassino, além de conseguir uma maneira de voltar a vida real.






Terror nos Bastidores é um metafilme curioso. Ao mesmo tempo em que, como fã de horror, me senti bem à vontade com as referências (e a reverência) que o filme esbanja, em especial com relação à enorme franquia Sexta-Feira 13 (1980-2009) e seu icônico vilão, também senti grande frustração ao perceber os rumos que o longa infelizmente acaba tomando.

Dirigido por Todd Strauss-Schulson (O Natal Maluco de Harold e Kumar) o longa tem como protagonista Max (Taissa Farmiga) cuja mãe, a atriz Amanda (Malin Akerman) acaba morrendo em um acidente de carro, e cuja carreira acabara ficando marcada por papéis genéricos em filmes de horror, em especial do slasher cult Camp Bloodbath. Numa espécie de reexibição do tal filme, Max e alguns de seus amigos se unem a uma multidão de aficcionados e lotam o cinema local. O problema é que um súbito incêndio na sala de exibição e o bloqueio das saídas de emergência obriga o grupo de personagens a utilizar uma saída atrás da tela que os transporta literalmente...para dentro do filme que estava sendo exibido, onde acabam se encontrando com os personagens agindo no filme em tempo real, inclusa entre eles Nancy que é interpretada justamente pela mãe de Max. Não demora para que os amigos descubram que tentar fugir do filme é inútil e só há uma maneira de escapar: Uma virgem deve assumir o papel de Final Girl, confrontar e assassinar o maníaco mascarado Billy Murphy cujo passado, máscara, facão e o tema musical que anuncia sua presença remetem diretamente a Jason Voorhees.

Contando com uma trilha sonora que usa e abusa de sintetizadores e uma atmosfera jovial que prestam homenagem aos slashers oitentistas, Terror nos Bastidores é competente nesse objetivo, e mesmo tocante ao incluir a subtrama (ou seria trama principal?) o relacionamento entre Max e sua mãe. Uma pena que, ao tentar acertadamente fugir da mera sátira (vide Todo Mundo em Pânico e congêneres) o roteiro é incapaz de criar uma identidade própria, seu desfecho soando irritante e arrastado. Explico. Os personagens supostamente "reais" da trama soam tão aborrecidos e caricaturais que acabamos nos importando mais com aqueles que, de acordo com a personagem de Nina Dobrev, não são reais. O problema é justamente quando Tina, Kurt e Paula, personagens divertidíssimos e cativantes de Camp Bloodbath, saem de cena e o longa acaba caindo no lugar-comum, com perseguições intermináveis num terceiro ato previsível logo de cara. E mesmo que as pessoas que habitam o longa criassem maior identificação com o espectador, ainda assim a própria estrutura do roteiro deixa claro que tudo não passa de um filme. Ou um filme dentro do filme. Infelizmente com tais características, como o péssimo final e papéis descartáveis, parece que os artistas por trás de Terror nos Bastidores se preocuparam demais em homenagear os slashers e trouxeram junto seus mesmos defeitos.

Trailer: 


 

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