Direção: Mark Tonderai
Elenco: Elisabeth Shue (Sarah), Jennifer Lawrence (Elissa), Max Thieriot (Ryan), Gil Bellows (Weaver), Nolan Gerard Funk (Tyler), Eva Link (Carrie Anne), Allie Macdonald (Jillian), Jordan Hayes (Penn State Carrie Anne), Krista Brudges (Mary Jacobson), James Thomas (Ben Reynolds), Haille Sisera (Caitlin), Craig Eldridge (Dan Gifford), Jonathan Higgins (Dr. Kohler), Olivier Surprenant (Jake), Lori Alter (Jenny Gifford).
SINOPSE: Mãe e filha se mudam para uma nova cidade e se encontram vivendo próximas a uma velha casa aonde uma garota matou seus pais. Quando a filha resolve se aproximar do filho sobrevivente, ela descobre que a história está longe do fim.
CONTÉM SPOILERS
Há um mal que assola o gênero thriller
de mistério no século XXI. Os mistérios frouxos que são revelados em uma
reviravolta patética no final. Basta verificar em filmes fracos como O Amigo
Oculto e Aterrorizada para perceber a presença desse moderno clichê
que parece servir de engodo às histórias sem conteúdo ou originalidade. Ao ler
a sinopse de A Última Casa da Rua e acompanhar sua sequência inicial, já
esperava por algo similar, mas por um momento o filme conseguiu que eu
acreditasse que estava vendo algo superior. Apenas por um momento.
O filme, como de costume, nos
apresenta logo de cara a uma cena de flashback. Uma garota visivelmente perturbada
mata cruelmente seu pai e sua mãe sem motivo aparente. Já no presente, Elissa (Jennifer Lawrence) e
sua mãe Sarah (Elisabeth Shue) se mudam para uma remota região circulada por mata.
Perto dali existe uma casa que descobrimos ser o local do homicídio mostrado no
início do filme, ocorrido anos antes. O filho do casal morto, Ryan (Max Thieriot) parece
morar sozinho na antiga casa e logo Elissa faz amizade com ele, mas descobre que ele
pode guardar um segredo muito macabro.
O filme começa bem ao utilizar a
óbvia, porém eficiente estratégia de colocar as protagonistas em um local ermo
e cercado de floresta, o que contribui para estabelecer o clima opressor do local.
Além disso, o primeiro ato do filme caminha em ritmo lento, mas interessante
por permitir a criação de uma boa dinâmica entre os personagens. O primeiro
‘mistério’ nos é revelado com menos da metade da projeção, o que me fez
acreditar que o desfecho da trama seria o oposto daquilo que esperava
inicialmente. No fim do segundo ato, o filme conseguiu me prender justamente
pelo carisma e atuações de Jennifer Lawrence e Max Thieriot, mas não demorou para que
nos minutos finais a trama se revelasse como uma colagem de clichês com um plot
twist bobo e inverossímil no final. Para ter uma ideia do desastre, após
Ryan ser alvejado por Elissa, ele cai aparentemente morto e Elissa vai
verificar. Nesse momento no cinema, uma garota de uns 12 ou 13 anos,
acompanhada pela mãe, e que estava sentada na poltrona à minha frente, comentou
que Ryan iria subitamente se levantar, assustando a mocinha e a plateia. Esse clichê pode
ter funcionado com Elissa, mas com o público não funcionou.
Curiosidades:
- O filme foi feito no formato 2-perf Technicoscope para garantir ao filme uma imagem granulada típica dos filmes de terror antigos e economizar dinheiro. Apesar disso, "Filmado em Panavision" é mostrado nos créditos;
- O filme foi originalmente previsto para 2003, com Richard Kelly (Donnie Darko) escrevendo o roteiro.
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