Christine - O Carro Assassino (Christine, EUA, 1983)
Direção: John Carpenter
Elenco: Keith Gordon (Arnie Cunningham), Alexandra Paul (Leigh Cabot), John Stockwell (Dennis Guilder), Robert Prosky (Will Darnell), Harry Dean Stanton (Detetive Rudolph Junkins), Christine Belford (Regina Cunningham), Roberts Blossom (George LeBay), William Ostrander (Buddy Repperton), David Spielberg (Sr. Casey), Malcolm Danare (Moochie Wells), Steven Tash (Rich Cholony).
SINOPSE: No High School Arnie é um jovem excluído e de poucos amigos, tudo isso muda quando ele 'se apaixona' por Christine, um carro Plymouth Fury vermelho caindo aos pedaços. Se comprometendo a consertar o carro, seu melhor amigo nota que não é só o carro que está mudando. Ele começa a ficar cada vez mais obcecado com o carro e muda seu comportamento para um tom arrogante que cada vez mais se distancia do Arnie original.
“Corpo de Plymouth. Alma de Satã”
Christine foi o primeiro livro de Stephen King que
li, aos 12 anos. E posso dizer que a experiência foi incrível. O universo
adolescente dos anos 70/80, as canções de rock que embalavam cada capítulo e
toda a fantasia e mistério que cercavam o carro Plymouth Fury 1958 vermelho, ou
Christine. Como se tornou hábito no cinema, não tardou para que o
romance fosse adaptado para as telonas, já de olho no sucesso financeiro que
filmes como Carrie – A Estranha e O Iluminado tiveram.
Infelizmente, o filme acabou não tendo uma recepção calorosa pela crítica e
continua sendo considerado como um dos trabalhos menores do diretor John
Carpenter.
O
filme gira em torno do jovem, tímido e excluído Arnie Cunningham (Gordon), que
encontra no melhor amigo Dennis Guilder (Stockwell) um ouvinte e protetor nos
momentos de bullying. Um dia ele encontra um velho carro, Christine, na
garagem da casa do velho George LeBay (Blossom) e se encanta profundamente,
encanto que vira obsessão conforme o filme avança, já que Christine é uma
garota ciumenta e não vai deixar que nada atrapalhe a relação dela com Arnie,
nem mesmo sua namorada Leigh Cabot (Paul) ou o valentão Buddy Repperton (Ostrander).
Um
argumento que poderia cair facilmente no riso e no trash vira suspense
de primeira no livro de King e rende um bom programa sob a batuta do mestre
Carpenter, ainda que notadamente a trama inverta algumas passagens (por sinal,
bem tensas) do livro, como a ideia de que o espírito de Roland LeBay,
proprietário anterior do carro, representasse um papel importante dentro da
‘maldição’ de Christine; além do final também diferente e que se mostra
extremamente corrido e óbvio, e a atuação visivelmente canastrona de Keith
Gordon. Entretanto, estes são defeitos menores para um dos clássicos do Cinema em Casa
que certamente agradará aos fãs do gênero.
Curiosidades:
- O filme que passa no drive-in é Até que enfim é Sexta-Feira;
- O papel foi oferecido a Kevin Bacon, mas ele recusou e foi fazer Footloose;
- De acordo com o roterista Bill Philips no DVD de extras do filme, a trama não continha tanta violência que justificasse a classificação R (16 ou 18 anos no Brasil). Mas ele tinha medo que se fosse lançado com o selo PG (10 ou 12 anos no Brasil), ninguém fosse assisti-lo. Então inclui forçadamente a palavra fuck e derivados no roteiro de modo a obrigatoriamente conseguir ser lançado rated R. Ele comenta que foi muito criticado na época por inserir a palavra.
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