A mais nova distopia de Andrew Niccol em "A Hospedeira"

A Hospedeira (The Host, EUA, 2013).

Diretor: Andrew Niccol

Elenco: Rachel Roberts (Alma Fleur), Shyaam Karra (Alma Anshu), Brent Wendell Williams (Alma Winters), Jhil McEntyre (Alma Lake), Jalen Coleman (Alma Nafisa), Saoirse Ronan (Melanie Stryder / Wanda), Diane Kruger (Buscadora / Lacey), Stephen Rider (Buscador Reed), Phil Austin (Waverley), Marcus Lyle Brown (Healer Fords), Chandler Canterbury (Jamie), William Hurt (Jeb), J. D. Evermore (Trevor Stryder), Boyd Holbrook (Kyle), Frances Fischer (Maggie), Scott Lawrence (Doutor), Emily Browning (Pet).

SINOPSE: Quando um inimigo nunca visto ameaça a humanidade roubando seus corpos e apagando suas memória, Melanie Stryder arriscará tudo para proteger as pessoas que ela mais se importa, provando que o amor pode conquistar qualquer coisa em um perigoso novo mundo. 

Andrew Niccol é um diretor e roteirista americano bastante conhecido por suas obras um tanto singulares. Entre elas, é impossível não se lembrar de filmes muito interessantes, como os ótimos O Show de Truman (1998), que teve o roteiro escrito por Niccol, Gattaca - Experiência Genética (1997) e O Senhor das Armas (2005), com Niccol na direção. Em quase todas as obras do cineasta, nota-se uma preferência na abordagem de temas como novas descobertas científicas e distopias sociais. Não por acaso, Niccol retorna ao seu terreno favorito com a adaptação do romance de Stephenie Meyer (da odiada serie Crepúsculo). 

Na trama, a Terra se tornou um local livre da violência humana e das agressões ao meio-ambiente graças a uma raça alienígena incorpórea que viaja de planeta para planeta para colonizações. Na Terra os poucos humanos que restaram procuram se isolar para não servirem de hospedeiros para a espécie invasora. O que parece um conto de horror, no entanto, se desenvolve como uma narrativa na qual uma das humanas sobreviventes busca interagir com sua parasita, de modo a convencê-la a sentir empatia por ela e pela raça humana. 

Pode-se dizer que A Hospedeira remete imediatamente à nova onda de adaptações de romances juvenis com caras bonitas e conduções geralmente mornas e otimistas. E com esse filme não é diferente, embora haja algo mais escondido por trás do nada atraente verniz teen.  E se a trama perde (muitos) pontos por exagerar no açúcar do romance clichê adolescente em vez de procurar investir em ideias mais interessantes, por outro lado o longa merece destaque por sua belíssima construção de cenários e na fotografia de Roberto Schaefer (de 007 - Quantum of Solace e Em Busca da Terra do Nunca), além de por mais óbvio que seja o roteiro, consegue levantar algumas reflexões no espectador, e isso é um grande avanço em se tratando do cinema popular atual.

Curiosidades:

•  Eva Green e Claire Danes não aceitaram o papel da Buscadora;
• O filme custou inchados 40 milhões de dólares e rendeu muito pouco nas bilheterias;