Diretor: James Wan
Elenco: Patrick Wilson (Josh Lambert), Rose Byrne (Renai Lambert), Ty Simpkins (Dalton Lambert), Lin Shaye (Elise Rainier), Leigh Whannell (Specs), Angus Sampson (Tucker), Barbara Hershey (Lorraine Lambert), Andrew Astor (Foster Lambert), Corbett Tuck (Enfermeira Adele), Ruben Pla (Dr. Sercarz), John Henry Binder (Padre Martin), Joseph Bishara (Demônio).
SINOPSE: A família Lambert, formada por Josh (Patrick Wilson), Renai (Rose Byrne)
e os filhos Dalton (Ty Simpkins) e Foster (Andrew Astor), acaba de se
mudar. Logo uma das crianças entra em coma de forma inexplicável, o que
faz com que os pais descubram que a nova casa abriga um espírito do mal.
Eles logo se mudam, mas rapidamente percebem que não era a casa que
estava mal assombrada.
"Não é a casa que é mal-assombrada..."
O malaio James Wan, vindo do clássico moderno Jogos Mortais (2004) e do irregular Gritos Mortais (2006), se une novamente ao amigo e roteirista Leigh Whannell para construir uma nova obra de suspense. E começa bem, ao utilizar sons para lá de estranhos na trilha incidental e imagens sobrenaturais logo no início dos créditos do filme, que já geram uma situação de desconforto no espectador. Somos então apresentados à família Lambert, e nesse ponto o roteirista Whannell é extremamente inteligente ao caracterizar a família com a maior realidade possível. Repare, por exemplo, como a mãe, Renai (Byrne) tem que se virar para cuidar dos filhos enquanto faz uma reclamação por telefone, ou como o pai Josh (Wilson) se preocupa com um fio de cabelo branco, antes de sair para o trabalho, demonstrando preocupações reais e personagens reais, criando com isso uma empatia do público para com os protagonistas logo no primeiro ato, fundamental para o bom andamento da trama.
Além disso, Wan e os diretores de fotografia David Brewer e John Leonetti apostam em uma câmera inquieta no começo do filme e sempre em situações mais tensas, demonstrando com isso a instabilidade da família, que além de fragilizada pela mudança de lar, sofre com o inesperado e inexplicável coma de um dos seus filhos, Dalton (Simpkins), que, sem motivo aparente, e sem explicações médicas, cai num sono profundo e abala ainda mais o estado emocional familiar. Tudo piora quando Renai nota aparições e fenômenos sinistros ocorrendo na casa, o que os leva mais uma vez à uma mudança de residência. No entanto, não é a casa que é mal-assombrada, e, temendo inclusive pela saúde do filho acamado, Renai decide chamar uma equipe de "caça-fantasmas" para buscar solucionar o caso.
Esse segundo ato, que marca a virada brusca de tom que o filme aborda, do sugerido para o mostrado, é eficiente nos sustos e na elevação de suspense, só pecando no desnecessário alívio cômico representado pela figura dos dois homens que chegam para avaliar as ocorrências de atividade paranormal na casa.
No entanto, Wan e Whannell encontram uma solução muito elegante para o desfecho da trama, que é original e apresenta uma súbita reviravolta que arrepia até os mais entediados e com certeza é capaz de gerar bons pesadelos. Fiquei até mais animado para assistir à parte 2.
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