Diretor: Lucio Fulci
Elenco: Jack Hedley, Andrea Occhipinti, Almanta Susca, Howard Ross, Alexandra Delli Colli, Paolo Malco, Cinzia de Ponti, Cosimo Cinieri, Daniela Doria, Babette New, Zora Kerova, Paul E. Guskin, Antone Pagan, Josh Cruze, Lucio Fulci.
SINOPSE: Um delegado estressado de Nova York (Hedley) une forças com um psiquiatra universitário (Malco) para tentar deter um perigoso e cruel homicida que aleatoriamente está caçando e mutilando várias mulheres na cidade.
"Retalhar mulheres era sua diversão..."
Pelo título, Lo Squartatore di New York ou New York Ripper (traduzido como Estripador de Nova York) obviamente conta a história de um assassino que trucida suas vítimas em plena Big Apple.
Conforme as vítimas (mulheres) se acumulam ao longo do filme, um
policial experiente (Jake Hedley) une forças a um pesquisador
universitário, Dr. Paul Davis (Paolo Malco) na caçada ao serial killer com voz de Pato Donald.
Ainda temos como personagens importantes, um gigolô mal-encarado e
muito suspeito (Howard Ross), e um casal de namorados que parece ter
algum segredo escondido (Almanta Keller e Andrea Occhipinti). Com o
filme já fazendo parte da “fase gore” de Fulci, o que
era esperado se cumpre quando vemos que não nos poupa nada em termos de
violência gráfica, com direito a close direto em mamilo sendo cortado
com lâmina (!).
Mas nem só de violência se sustenta o filme, e criando uma dinâmica
que confere agilidade à trama, Fulci consegue prender o espectador, ao
esconder o mistério sobre quem é o assassino até literalmente a
sequência final, e mesmo que essa construção do suspense encontre na
motivação do assassino um caráter irritantemente novelesco, os traços de
um bom giallo estão todos lá: belas mulheres, ambientação
urbana e violenta, investigação policial, assassino misterioso. Tudo
isso, aliado a um retrato de Nova York nada romântico, mas sujo e
decadente, fazem de Lo Squartatore uma pequena gema na
carreira de Fulci, que na época do lançamento do filme recebeu críticas o
acusando de misoginia, já que predominantemente no filme a violência é
executada contra mulheres ou essas são renegadas a uma posição inferior
na trama, algo que é característico não do cinema de Fulci, mas do
gênero como um todo, sendo infelizmente raras as exceções.
Apesar ou em função desses aspectos, o filme incomoda, e como já
comentado, são várias as cenas e planos que embrulham o estômago,
provando que a maquiagem utilizada no filme, combinada ao clima de
suspense e urgência impresso, ainda funcionam muito bem nos dias de
hoje. Uma pérola que merece ser descoberta pelos cinéfilos mais jovens.
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