Trilogia do Terror (Body Bags, EUA, 1993)
Diretor: John Carpenter, Tobe Hooper, Larry Sulkis (não creditado)
Elenco: John Carpenter, Tobe Hooper, Sam Raimi, Alex Datcher, Tom Arnold, David Naughton, Robert Carradine, Peter Jason, Molly Cheek, Wes Craven, George Flower, David Warner, Stacy Keach, Lucy Boryer, Sheena Easton, Greg Nicotero, Mark Hamill, Twiggy, Roger Corman, Charles Napier.
SINOPSE: Três contos do macabro: em 'O Posto', estudante é espreitada por
psicopata; em 'Cabelo', método revolucionário de recuperação capilar se
transforma em pesadelo; e em 'Olho', jogador de beisebol sofre
transplante, ganhando os olhos de um assassino.
A primeira
história, “Gas Station”, é sobre um serial killer que ataca em
um posto de gasolina cujo funcionário do turno da noite é uma
estudante (Alex Datcher) fazendo um bico enquanto estuda para a
faculdade. Além de ter que lidar com clientes no mínimo
inconvenientes, a moça descobre que terá trabalho quando um serial
killer aparece rondando o local. Beneficiado por uma trilha
sintética simples e óbvia, mas eficaz, o conto ainda conta com boas
surpresas (muito interessante e bem-vindas as participações dos
cineastas Sam Raimi e Wes Craven, e principalmente do carismático
David Naughton (Um Lobisomem
Americano em Londres), a duração curta também torna o
segmento eficaz além da atmosfera de isolamento, já que o posto se
encontra no meio do nada, o que com a escuridão da madrugada, torna
tudo ainda mais opressor. Se peca em algum ponto, é justamente no
final um tanto quanto apressado, sem muito tempo para o espectador
enxergar o conflito.
O segundo
segmento, “Hair”, com premissa bem mais cômica que o anterior (a
melhor parte é quando o protagonista observa com certa inveja uma
moça com longas madeixas, em seguida um cara cabeludo e até mesmo
um cachorro), conta a história de Richard (Stacy Keach), um homem de
meia-idade bem casado (com Sheena Easton) que, apesar de tudo, se
preocupa excessivamente com sua calvície, o que leva até mesmo a
discussões com sua esposa. Na tentativa de solucionar seu problema,
Richard recorre a um anúncio de TV que promete uma inovadora solução
médica para a calvície. O que ele não espera é que o procedimento
tenha consequências macabras.
Encerrando a
trilogia, temos “Eye”, o mais previsível e arrastada da
antologia. A trama segue o jogador de baseball Brent Matthews (Mark
Hamill) que após sofrer um acidente e perder o olho direito, aceita
se submeter a um novo transplante ocular, mas a origem do globo
ocular pode trazer sérios problemas para Brett. Prejudicado pelo seu
ritmo cansativo e pela pouco envolvente atuação de Hamill, “Eye”
é sem dúvidas o pior segmento da antologia.
Ainda que se
mostre irregular em seu conjunto, “Trilogia do Terror” acaba
sendo interessante ao mesmo tempo por mesclar um tom sério ao
humor negro (principalmente representado pela figura do necropsista
de John Carpenter) e o farto desfile de grandes nomes do horror, como
Wes Craven, Tobe Hooper (O Massacre da Serra Elétrica), John
Carpenter (Halloween), David Naughton, Sam Raimi (Evil
Dead), Greg Nicotero
(grande maquiador de efeitos especiais), George 'Buck' Flower (De
Volta para o Futuro) entre outros.
Na avaliação final o filme deixa a
desejar, sobretudo pela falta de cuidado no roteiro das histórias e nas
atuações, mas funciona bem como entretenimento.
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