Diretor: John Lafia
Elenco: Ally Sheedy (Lori Tanner), Lance Henriksen (Dr. Jarret), Robert Constanzo (Detetive Kovacs), Fredric Lehne (Perry), John Cassini (Detetive Bendetti), J. D. Daniels (Rudy), William Sanderson (Ray), Rick Barker (Carteiro), Bradley Peirce (Chet), Mickey Cassidy (Paper Boy), Robert Shaye (Mecânico).
SINOPSE: Repórter que escreve matéria sobre tratamento cruel de animais liberta cão superdotado criado em laboratório. O animal desenvolve seus sentidos, tornando-se uma ameaça para a população, a não ser que o Dr. Jarret e policiais consigam encontrá-lo antes que seja tarde demais.
"A Natureza o criou. A Ciência o aperfeiçoou. Mas ninguém conseguiu controlá-lo"
Max –
Fidelidade Assassina conta a
história da jornalista Lori (Ally Sheedy) que, decidida a obter um
furo de reportagem, invade o instituto de pesquisas EMAX e encontra
vários animais enjaulados e aparentemente sofrendo maus-tratos. Um
deles, um cão mastim tibetano de nome Max, chama sua atenção e ela
o liberta, sem saber que por trás de sua fidelidade e fofura existe
uma fera caçadora e assassina geneticamente modificada.
O
filme é uma grande bagunça, não sabendo se caminha para o humor
(in)voluntário ou se leva a sério a ideia de um cachorro homicida.
A única ideia que o filme brinca de encontrar é com o seu título
original. A ideia de “o melhor amigo do homem” é levada a sério
se levarmos em consideração a lealdade integral de Max para com
Lori, levada até as últimas consequências, literalmente.
Povoado
por personagens todos unidimensionais, com destaque negativo para as
caricaturas dos policiais incompetentes e para o cientista louco
interpretado por Lance Henriksen, que aqui se mostra um tremendo
canastrão (diferente de sua memorável performance como Bishop em
Aliens – O resgate),
o filme escrito e dirigido por John Lafia não consegue se
diferenciar de nenhum de seus companheiros genéricos, apresentando a
mesma estrutura narrativa e os clichês da época. Mesmo a
protagonista interpretada por Sheedy se mostra insossa e aborrecida, e no primeiro ato, se revela um ser de
caráter duvidoso, uma quase proto-Gale-Weathers (Pânico), quando invade o
laboratório tão somente para conseguir uma notícia
sensacionalista, em vez de demonstrar uma preocupação genuína com
os animais.
Assim, quando assistimos aos ataques de Max, não há
sequer um compadecimento mínimo com qualquer vítima, já que todas
elas se mostram sujeitos desprezíveis que merecem seu destino, do
carteiro que joga spray de pimenta em Max até o namorado de Lori que
tenta envenenar o cão. Dessa maneira Max acaba se tornando o único
personagem da trama que importa para o espectador, se tornando
simpático em vez de uma ameaça genuína. E esses pontos denunciam o
frouxo roteiro de Lafia. Não sabendo se quer mostrar Max como uma
vítima das pesquisas do Dr. Jarret, ou como vilão, ele apela até
mesmo para um ataque sexual de Max, quando este estupra (!!!) uma
cadela vizinha, com direito à canção de fundo “Puppy
Love”, o que confere um ar
cômico à cena, mas mais uma vez denuncia a completa falta de tom e
senso que Lafia deveria ter encontrado no filme, se desencontrando
frequentemente entre a comédia, o horror, o filme reacionário ou o filme-denúncia.
O
terceiro ato apela para uma perseguição gato-e-rato padrão e
formulaica, mais do mesmo e que culmina num final terrivelmente anticlimático. Mesmo com toda a falta de qualidade, Max
se configura com sendo o mais representativo e autoral trabalho do
fraco John Lafia, cujo currículo exibe porcarias como o telefilme
Ratos em Nova York (2002)
e Brinquedo Assassino 2 (1990). Devem
apreciar o filme apenas aqueles que lembram com certa nostalgia desse
sub-clássico da TV aberta dos anos 90.
NOTA: Crítica também publicada no site Boca do Inferno
NOTA: Crítica também publicada no site Boca do Inferno
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