Amityville – O Despertar (Amityville: Awakening, EUA, 2015)
Diretor: Franck Khalfoun
Roteiro: Franck Khalfoun
Elenco: Jennifer Jason Leigh
(Joan), Bella Thorne (Belle), Mckenna Grace (Juliet), Cameron Monaghan (James), Thomas Mann (Terrence). Taylor
Spreitler (Marissa), Jennifer
Morrison (Candice), Kurtwood Smith (Dr.
Milton), Dan Martino (Paramédico),
Brian
Breiter (Professor), Jordyn Utz (Jovem Belle)
SINOPSE: Belle (Bella Thorne) se muda
com seus irmãos e sua mãe, Joan (Jennifer Jason Leigh), para uma nova casa.
Mas, quando coisas estranhas começam a acontecer, Belle suspeita que sua mãe
esteja escondendo algo importante, e logo percebe que eles estão morando na
infame casa de Amityville.
Se existe uma palavra para
definir Amityville é “maldito”. E nem estou falando da casa localizada no
número 112 da Ocean Avenue, palco do massacre real da família DeFoe em 1974 e
do assustador livro de Jay Anson de 1979, marco oficial do status do
local como casa assombrada. A maldição, neste caso, refere-se ao mais recente
lançamento de uma extensa franquia, que entre lançamentos oficiais,
não-oficiais e títulos lançados diretamente para vídeo ou TV, já somam dezoito filmes (!) Estamos falando
agora de Amityville: O Despertar, que, filmado originalmente em 2014,
viu as luzes do cinema brilharem apenas em 2017, e de maneira bem modesta.
Depois de ter por várias vezes a data de estreia adiada, com previsões que se
estenderam por 2015, 2016 e Junho de 2017, o filme, que talvez nem os mais
ávidos fãs de horror esperavam mais, estreou curiosamente primeiro na Europa
Central e até mesmo no Brasil, ficando disponível gratuitamente no Google
Play e estreando finalmente em apenas dez salas nos Estados Unidos,
faturando a impressionante miséria de 742 dólares! Se os escândalos sexuais criminosos
envolvendo Harvey Weinstein (da Dimension
Films) tiveram alguma relação com o fracasso do filme, ninguém pode afirmar,
mas Amityville: O Despertar teve o destino que não era de surpreender
ninguém.
No entanto, o longa não é essa bomba
toda e vale a pena o texto que segue. O mais novo roteiro envolvendo a casa
maldita, escrito pelo também diretor Franck Khalfoun (Maníaco), conta a
história de (mais) uma família que decide se mudar para a famosa casa de
Amityville. A família, composta da matriarca Joan (Jason-Leigh), a pequenina
Juliet (Grace), a adolescente Belle (Thorne) e seu irmão gêmeo em estado de
coma permanente (Monaghan) parece não saber do histórico da casa a princípio,
embora não demore para que estranhos fenômenos comecem a tomar conta do imóvel,
afetando particularmente Belle e seu irmão que passa a ter uma surpreendente e
inexplicável melhora.
A premissa, genérica e similar a tantos
outros filmes dentro e fora da franquia, esconde, no entanto, algumas boas
surpresas, como o tratamento metalinguístico dado à parte do roteiro (no filme,
a casa é famosa pelas redondezas, e até mesmo os filmes reais são vistos por
Belle e seus amigos numa determinada cena) e ao constante clima de tensão que
permeia a trama, com destaque para a trilha sonora original composta pelo
músico francês Robin Coudert (creditado apenas como ROB) parceiro constante do
cineasta Khalfoun, e que contém pelo menos uma excelente canção original, “True Love”, com vocais da cantora Chloe
Alper. Já o elenco, composto em sua maioria de caras bem conhecidas, não
compromete se não chega a se destacar. Há também abundância de sustos, alguns
potentes e outros nem tanto. Para o espectador descompromissado que for
escolher algo para assistir na madrugada, talvez Amityville: O Despertar valha a pena.
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