segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Amityville: O Despertar

Amityville – O Despertar (Amityville: Awakening, EUA, 2015)
Diretor: Franck Khalfoun
Roteiro: Franck Khalfoun
Elenco: Jennifer Jason Leigh (Joan), Bella Thorne (Belle), Mckenna Grace (Juliet), Cameron Monaghan    (James), Thomas Mann (Terrence). Taylor Spreitler         (Marissa), Jennifer Morrison (Candice), Kurtwood Smith       (Dr. Milton), Dan Martino (Paramédico),
Brian Breiter          (Professor), Jordyn Utz   (Jovem Belle)
SINOPSE: Belle (Bella Thorne) se muda com seus irmãos e sua mãe, Joan (Jennifer Jason Leigh), para uma nova casa. Mas, quando coisas estranhas começam a acontecer, Belle suspeita que sua mãe esteja escondendo algo importante, e logo percebe que eles estão morando na infame casa de Amityville.









Se existe uma palavra para definir Amityville é “maldito”. E nem estou falando da casa localizada no número 112 da Ocean Avenue, palco do massacre real da família DeFoe em 1974 e do assustador livro de Jay Anson de 1979, marco oficial do status do local como casa assombrada. A maldição, neste caso, refere-se ao mais recente lançamento de uma extensa franquia, que entre lançamentos oficiais, não-oficiais e títulos lançados diretamente para vídeo ou TV, já somam dezoito filmes (!) Estamos falando agora de Amityville: O Despertar, que, filmado originalmente em 2014, viu as luzes do cinema brilharem apenas em 2017, e de maneira bem modesta. Depois de ter por várias vezes a data de estreia adiada, com previsões que se estenderam por 2015, 2016 e Junho de 2017, o filme, que talvez nem os mais ávidos fãs de horror esperavam mais, estreou curiosamente primeiro na Europa Central e até mesmo no Brasil, ficando disponível gratuitamente no Google Play e estreando finalmente em apenas dez salas nos Estados Unidos, faturando a impressionante miséria de 742 dólares! Se os escândalos sexuais criminosos envolvendo Harvey Weinstein (da Dimension Films) tiveram alguma relação com o fracasso do filme, ninguém pode afirmar, mas Amityville: O Despertar teve o destino que não era de surpreender ninguém.

         No entanto, o longa não é essa bomba toda e vale a pena o texto que segue. O mais novo roteiro envolvendo a casa maldita, escrito pelo também diretor Franck Khalfoun (Maníaco), conta a história de (mais) uma família que decide se mudar para a famosa casa de Amityville. A família, composta da matriarca Joan (Jason-Leigh), a pequenina Juliet (Grace), a adolescente Belle (Thorne) e seu irmão gêmeo em estado de coma permanente (Monaghan) parece não saber do histórico da casa a princípio, embora não demore para que estranhos fenômenos comecem a tomar conta do imóvel, afetando particularmente Belle e seu irmão que passa a ter uma surpreendente e inexplicável melhora.

         A premissa, genérica e similar a tantos outros filmes dentro e fora da franquia, esconde, no entanto, algumas boas surpresas, como o tratamento metalinguístico dado à parte do roteiro (no filme, a casa é famosa pelas redondezas, e até mesmo os filmes reais são vistos por Belle e seus amigos numa determinada cena) e ao constante clima de tensão que permeia a trama, com destaque para a trilha sonora original composta pelo músico francês Robin Coudert (creditado apenas como ROB) parceiro constante do cineasta Khalfoun, e que contém pelo menos uma excelente canção original, “True Love”, com vocais da cantora Chloe Alper. Já o elenco, composto em sua maioria de caras bem conhecidas, não compromete se não chega a se destacar. Há também abundância de sustos, alguns potentes e outros nem tanto. Para o espectador descompromissado que for escolher algo para assistir na madrugada, talvez Amityville: O Despertar valha a pena.


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