terça-feira, 28 de agosto de 2012

Combo "Hellraiser" I e II

Hellraiser - Renascido do Inferno (Hellraiser, Inglaterra, 1987)
Direção: Clive Barker
Elenco: Andrew Robinson (Larry), Clare Higgins (Julia), Sean Chapman (Frank), Robert Hines (Steve), Ashley Laurence (Kirsty), Oliver Smith (Frank Monstro), Frank Baker (Andarilho), Gay Baynes (Evelyn), Doug Bradley (Pinhead), Nicholas Vince (Cenobita "Chatterer"), Simon Banford (Cenobita "Butterball"), Grace Kirby (Cenobita "Fêmea"), Sharon Bower (Enfermeira), Raul Newney (Médico).
SINOPSE: Larry e Julia mudam-se para uma velha casa. Lá, Julia descobre uma horrível criatura que na verdade é Frank, irmão de Larry e antigo amante de Julia. Frank perdeu seu corpo humano para os cenobitas, demônios do prazer e da dor. Uma gota de sangue desperta Frank, que força sua antiga amante a trazer vítimas para que ele possa novamente reconstituir seu corpo. 







Hellraiser II - Renascido do Inferno (Hellbound - Hellraiser II, EUA/Inglaterra, 1988)
Direção: Tony Randel

Elenco: Clare Higgins (Julia), Sean Chapman (Frank), Kenneth Cranhan (Dr. Channard), Ashley Laurence (Kirsty), Imogen Boorman (Tiffany), Kyle (William Hope), Doug Bradley (Pinhead), Nicholas Vince (Cenobita "Chatterer"), Simon Banford (Cenobita "Butterball"), Barbie Wilde (Cenobita "Fêmea").
SINOPSE: O doutor Channard (Kenneth Cranhan) passou toda uma vida estudando os segredos da caixa enigmática que abre as portas do inferno do prazer e da dor. Ele está disposto a conhecer o reino do sadomasoquismo, mas algo muito pior o espera.





"Ele irá destruir sua alma"

Clive Barker é um escritor diferenciado. Nascido na Inglaterra, Barker começou escrevendo peças e fazendo curtas em preto-e-branco, na companhia de amigos incluindo Doug Bradley, que se tornaria um ícone do horror interpretando o líder cenobita Pinhead. Mais tarde, Barker  lançou a antologia de contos Books of Blood (Livros de Sangue), que fez relativo sucesso na Inglaterra e nos Estados Unidos, sobretudo depois que Stephen King os elogiou dizendo que "viu o futuro do horror e seu nome era Clive Barker". Dono de um estilo único, misturando horror em ambientes urbanos aliados a temas como sadomasoquismo, sexualidade descontrolada e violência explicita, chamou a atenção do produtor Christopher Figg, que com um orçamento de 900 mil dólares produziu, com Barker na direção, o primeiro Hellraiser, que se tornaria um grande sucesso de público e crítica, baseado em seu romance The Hellbound Heart.

O filme conta a história do casal Julia e Larry (Clare Higgins e Andrew Robinson), que se mudam para uma velha casa, propriedade de Larry. Chegando lá, Julia encontra em um dos quartos uma criatura estranha e grotesca, que se mostra ser Frank (Sean Chapman), irmão de Larry e antigo amante de Julia. Ele é "desperto" depois que Larry sofre um corte na mão e seu sangue é absorvido pelo chão. Frank que conta que seu corpo havia sido destruído pelos cenobitas, demônios das profundezas do prazer e da dor, depois que Frank abriu uma misteriosa caixa. Julia aceita atrair homens como vítimas de modo que Frank possa usar o sangue deles para reconstruir seu corpo e fugir com Julia.


Nesse meio tempo, a filha de Larry, Kirsty (a gatíssima Ashley Laurence) acaba descobrindo o segredo de Julia e roubando a caixa, libertando acidentalmente os cenobitas. Eles são constituídos pelo líder Pinhead, que tem o rosto cheio de pregos, uma mulher com a garganta rasgada por ganchos, uma criatura baixa e gorda, com óculos cravados no rosto (Butterball) e outra com a mandíbula exposta, cujos dentes batem constante e apavorantemente. Eles querem levá-la a experimentar o mundo de prazer e dor, mas Kirsty faz um trato prometendo-lhes entregar Frank em seu lugar. O primeiro Hellraiser conta uma história original e surpreendente, pecando em alguns detalhes técnicos como a fotografia, mas compensando com sua história e sua maravilhosa maquiagem prática, que deixa saudades devido ao uso excessivo de trucagens de computador, que na maioria das vezes fica devendo diante da maquiagem prática.


"Sem lágrimas por favor. É desperdício de bom sofrimento."

Hellraiser II começa exatamente de onde parou o primeiro. Kirsty foge junto com seu namorado e vai parar em um hospício, onde é tratada pelo médico Channard (Kenneth Cranhan), que parece esconder um segredo relativo à caixa e aos demônios do primeiro filme. O médico consegue reviver Julia (Clare Higgins), utilizando o sangue de um interno (uma cena perturbadora e chocante, pelo modo como foi filmada, explicitamente, mostrando um excelente trabalho de maquiagem), que lhe promete o que o doutor sempre quis: conhecer essa nova dimensão que tanto estudou. Kirsty e uma interna especialista em decifrar enigmas acabam parando também nessa dimensão, onde estão novamente os cenobitas e muitos outros horrores.

O segundo filme não decepciona e é continuação digna do original. Desenvolve mais os personagens, mostra a origem de um dos cenobitas e ainda explora a ideia do “inferno”, ou seja, responde algumas das perguntas deixadas pelo primeiro filme. Além disso, mantém a qualidade na maquiagem, feita por Bob Keen (Candyman) que é extremamente realista, mesmo para os dias de hoje. No entanto, nem tudo são flores e o desfecho da continuação deixa muito a desejar, desfilando clichês e corre-corres, se tornando muito cansativo. Acaba sendo um bom filme, contudo.

Hellraiser: 




Hellraiser II: 

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